Ministro do Planejamento não citou a situação econômica do País quando falou em "estancar a sangria" da Operação Lava Jato; em coletiva de imprensa e em outras entrevistas concedidas nesta segunda-feira em que tentou se explicar, Romero Jucá disse que a expressão fazia referência à situação econômica brasileira
23 de Maio de 2016 às 16:32
247 – As gravações da conversa entre Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que estão na Procuradoria Geral da República, comprovam que o ministro do Planejamento mentiu na coletiva de imprensa nesta segunda-feira, como mostra o repórter Rubens Valente (aqui).
Isso porque Jucá, ao tentar se explicar aos jornalistas sobre o áudio, disse que se referia à situação econômica do País ao falar em "estancar a sangria" da Operação Lava Jato. A mesma tese foi dada em entrevistas concedidas a outros veículos da imprensa.
O diálogo com Machado, porém, mostra que a expressão foi usada quando Machado falava sobre o risco de as delações se tornarem mais frequentes a partir de uma decisão do STF que autorizou prisões em segunda instância. Na avaliação de Machado, isso provocaria um efeito em cascata e o aumento das delações.
O ex-presidente da Transpetro mencionou então a necessidade de se montar "uma estrutura" para impedir que seu caso fosse enviado para Curitiba – onde ficaria nas mãos do juiz Sérgio Moro e poderia acabar em acordo de delação premiada. Nesse momento, Jucá fala sugere "estancar a sangria".