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Randolfe declara voto contra impeachment, mas pede novas eleições

“Não chancelarei com meu voto a continuação da crise que vivemos e o retorno ao poder das velhas e carcomidas elites políticas”, disse o senador Randolfe Rodrigues, líder da Rede; o senador mostrou a dupla rejeição popular que sofrem Dilma e seu sucessor temporário, o vice Michel Temer, e apontou a consulta popular como a solução para a crise: “A opinião aferida nas ruas indica que o povo brasileiro não quer a continuação do Governo Dilma, mas também não aprova a instauração do Governo Temer, que tem igual responsabilidade pela crise que hoje vivemos. A mesma pesquisa indica que o povo quer o direito de decidir. A melhor alternativa seria realizarmos novas eleições presidenciais ainda neste ano”

11 de Maio de 2016 às 22:05

247 – O senador Randolfe Rodrigues, líder da REDE no Senado, falando como o 30º orador na sessão dessa quarta-feira (11) que decidiu pelo afastamento de Dilma Rousseff, votou contra o impeachment da presidente da República.

“Não chancelarei com meu voto a continuação da crise que vivemos e o retorno ao poder das velhas e carcomidas elites políticas”, disse Randolfe. O senador mostrou a dupla rejeição popular que sofrem Dilma e seu sucessor temporário, o vice Michel Temer e apontou a consulta popular como a solução para a crise: “A opinião aferida nas ruas indica que o povo brasileiro não quer a continuação do Governo Dilma, mas também não aprova a instauração do Governo Temer, que tem igual responsabilidade pela crise que hoje vivemos. A mesma pesquisa indica que o povo quer o direito de decidir. A melhor alternativa seria realizarmos novas eleições presidenciais ainda neste ano”.

Randolfe destacou que a saída institucional é o rápido julgamento, pelo Tribunal Superior Eleitoral, da Ação de Impugnação de Mandato Eletivo nº 761, que a REDE apresentou ao TSE para impugnar a chapa Dilma-Temer eleita em 2014, contaminada pelos indícios de financiamento escuso da campanha eleitoral com recursos oriundos da corrupção investigada pela Operação Lava Jato.

O senador do Amapá pela REDE bateu duramente no atual governo do PT e no futuro governo do PMDB, lembrando que eles são as ‘duas faces da mesma moeda’, ironizando a aliança equivocada que o Governo fez com quem se transformou, agora, em seu algoz: “As escolhas estratégicas destes anos feitas pelo Governo foram para priorizar a aliança fisiológica e atrasada com este PMDB que agora o afasta do poder. ”

Randolfe mostrou, da tribuna, um gráfico perturbador com dados do Palácio do Planalto mostrando que Temer, como presidente em exercício, assinou mais decretos legislativo (7) do que Dilma (6), autorizando um volume de créditos suplementares quatro vezes mais elevado do que os autorizados pela presidente acuada pelo impeachment. “Estamos aqui diante de uma grave incoerência: a presidente da República será impedida de continuar governando no dia de hoje por ter assinado seis decretos que totalizaram R$ 2,5 bilhões de reais”, acusou Randolfe, elaborando uma pergunta inevitável: “Por que não foi também instaurado o processo de impeachment do vice-presidente Michel Temer, já que, entre novembro de 2014 e julho de 2015, o presidente em exercício da República assinou sete decretos de suplementação no valor total de R$ 10,8 bilhões?”

Antes de justificar seu voto contrário ao impeachment e de pedir eleições para sair da crise, Randolfe, na condição da líder da REDE no Senado, leu a nota oficial do seu partido, definindo a posição oficial diante da conjuntura política e econômica e do debate sobre o afastamento da presidente da República.