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Fontana pede afastamento imediato de Cunha

Rio Grande do Sul 247 – Após o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que, por maioria, tornou réu o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sob acusação dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato, o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) pediu o imediato afastamento do peemedebista do seu cargo no Legislativo. Em discurso na tribuna, nesta quarta-feira (02), o parlamentar gaúcho afirmou que Cunha não tem mais “condições morais e políticas” para presidir o parlamento.

Conforme o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, o presidente da Casa pediu e aceitou propina de US$ 5 milhões para viabilizar a contratação de dois navios-sonda do estaleiro Samsung Heavy Industries, em 2006 e 2007. “Em nome da Bancada do PT, peço o imediato afastamento da presidência da casa de Eduardo Cunha. Estamos sendo presididos por um dos políticos mais corruptos da história do Brasil.  E muitas das manobras e ações ilegais de Cunha na Câmara foram apoiadas pela oposição”, disparou Fontana.

Em várias oportunidades, o petista denunciou que Cunha usa a presidência em seu próprio beneficio para encaminhar manobras para sua defesa. "Faço pedido aos ministros do STF que analisem o mais rápido possível o afastamento dele do cargo, embasados no conjunto de ações inescrupulosas de Cunha que atua na presidência protegendo seus próprios interesses e contra os interesses do Brasil", acrescentou.

Segundo Fontana, entre as retaliações no uso do cargo está a realização de uma sessão absolutamente ilegal para a tramitação de pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, promovendo votação secreta, autorizando chapas e candidaturas avulsas, "apoiado pela oposição que no afã do golpe se aliou a Cunha para colocar em marcha um procedimento sem nenhuma credibilidade",

O petista listou ainda que Cunha há meses impede a Comissão de Ética de avançar na cassação do seu mandato por fazer manobras na presidência da Casa. De acordo com Fontana, o peemedebista paralisou o trabalho das Comissões no parlamento e atua contra pactos para preservar empregos, defender a economia, combater a corrupção. "A sua arrogância tem limites e não vencerá sempre", concluiu