Em nova manifestação ao Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral Rodrigo Janot pediu que seja aberta a ação criminal contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); no documento, Janot destacou também o perfil violento do deputado dizendo que ele "sempre se mostrou extremamente agressivo e dado a retaliações a todos aqueles que se colocam em seu caminho a contrariar seus interesses"; Cunha já foi notificado pelo ministro Teori Zavascki e tem dez dias para apresentar sua defesa; cerco se fecha
16 de Fevereiro de 2016 às 14:50
Brasília 247 – O cerco contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), começa a se fechar. Nesta terça-feira, ele foi notificado pelo Supremo Tribunal Federal e ganhou prazo de dez dias para apresentar sua defesa (leia mais abaixo).
Depois disso, foi divulgado o teor do documento em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, arguementa favoravelmente à abertura de ação criminal contra Cunha.
Na peça, Janot destaca o caráter violento do deputado, dizendo que ele "sempre se mostrou extremamente agressivo e dado a retaliações a todos aqueles que se colocam em seu caminho a contrariar seus interesses".
O procurador-geral disse ainda e que há "robustos elementos" que comprovam o recebimento de propina por Cunha. Janot diz ainda que a denúncia "está baseada em inúmeros e robustos elementos que apontam, de maneira uniforme, para o recebimento de valores por parte de Eduardo Cunha".
Brasília 247 – O presidente da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi notificado para se manifestar sobre o pedido de afastamento do cargo parlamentar e das funções de Presidente da Casa que havia sido pedido ao Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria Geral da República (PGR). Cunha possui um prazo de 10 dias para apresentar sua defesa.
De acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, existem indícios de "crimes de natureza grave" por parte de Cunha. O relatório lista, por exemplos, o uso do cargo a favor do parlamentar, tentativa de obstrução de investigações criminais e integração de organização criminosa.
Cunha também é apontado como suspeito de apresentar emendas em onze medidas provisórias de interesse do setor bancário e de empreiteiras, ameaças ao relator do Conselho de Ética que o acusa de irregularidades e de fazer uso da CPI da Petrobras para constranger e intimidar testemunhas, além de corrupção.
Segundo Janot , a medida visa garantir a ordem púbica para evitar que novos crimes sejam cometidos e para manter o andamento das investigações em curso.O procurador-geral disse, ainda, que mais grave que o afastamento de Cunha seria um pedido de prisão preventiva do peemedebista, o que teria sido descartado em um primeiro momento.
Cunha ainda não se manifestou sobre a notificação pelo seu afastamento.