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Vacina contra o zika vírus pode ficar pronta para testes no ano que vem

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou parceria com os EUA em entrevista coletiva.

(Foto: Wilson Dias/ABr)

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou nessa quinta-feira uma parceria firmada entre o Instituto Evandro Chagas, sediado em Belém, no Pará, e a Universidade do Texas, nos EUA, para desenvolver uma vacina contra o vírus da zika. Segundo ele, a experiência das instituições pode encurtar o prazo de formulação do produto em laboratório para um ano. Depois, a vacina deve ser testada em animais e humanos por mais dois anos, antes de o imunizante ser aplicado em grande escala.

“Como o instituto e a universidade têm o mesmo viés, fizemos essa parceria para desenvolver a vacina. Sabemos que é demorada, mas há um grande otimismo de que poderemos desenvolver a vacina em um tempo menor que o previsto. Aproximadamente em um ano, podemos ter essa vacina desenvolvida”, afirmou Castro. “Seria um ano para desenvolver e dois anos para testar o produto”, acrescentou.

O prazo para desenvolvimento não significa que a vacina estará disponível na rede de saúde daqui a um ano. Além dos testes em animais, o produto precisa ser testado em humanos, enviado para laboratórios de outras partes do mundo e registrado na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

No melhor dos cenários, Castro disse que a vacina poderia estar disponível à população dentro de três anos. “O caso é tão urgente que estamos pedindo a presença da FDA [órgão norte-americano de vigilância sanitária] e da Anvisa para eliminar burocracias. Não queremos pular etapas, mas agilizar etapas”, destacou.

A parceria prevê investimento de 1,9 milhão de dólares pelo governo brasileiro, nos próximos cinco anos. O valor do aporte a ser feito pelos EUA não foi informado.

O lado brasileiro do desenvolvimento será coordenado pelo pesquisador Pedro Vasconcelos, do Evandro Chagas. Assim como o ministro, o pesquisador também diz que será possível desenvolver a vacina em até um ano, embora o cronograma de trabalho oficial preveja prazo de dois anos. (AG)