Ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, em delação premiada, ligou sua nomeação para um cargo público em 2008, no governo Lula, ao empréstimo do Banco Schahin ao fazendeiro José Carlos Bumlai, em 2004; anos depois, sob o comando de Cerveró, a Petrobras contratou a Schahin Engenharia por US$ 1,6 bilhão para a operação de um navio-sonda; delator afirma que Lula "decidiu indicar" seu nome para o novo cargo "como reconhecimento da ajuda do declarante", por ele "ter viabilizado a contratação da Schahin como operadora da sonda"; disse ainda que a atuação também rendeu"um sentimento de gratidão do PT"; Nestor Cerveró também declarou que a aquisição do conglomerado de energia argentino PeCom (Pérez Companc) pela Petrobras envolveu propina de US$ 100 milhões ao governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)
12 de Janeiro de 2016 às 05:09
247 – O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, em delação premiada, ligou sua nomeação para um cargo público em 2008, no governo Lula, a um empréstimo de R$ 12 milhões investigado na Lava Jato.
Em 2004, o fazendeiro José Carlos Bumlai obteve empréstimo do Banco Schahin e diz ter repassado R$ 6 milhões para o empresário de Santo André (SP) Ronan Maria Pinto. Anos depois, sob o comando de Cerveró, a Petrobras contratou a Schahin Engenharia por US$ 1,6 bilhão para a operação de um navio-sonda, o Vitoria 10.000.
Segundo reportagem de Rubens Valente, o delator contou que Lula "decidiu indicar" seu nome para o novo cargo "como reconhecimento da ajuda do declarante [Cerveró]", ou seja, por ele "ter viabilizado a contratação da Schahin como operadora da sonda". A atuação também rendeu a Cerveró "um sentimento de gratidão do PT" (leia mais).