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Cardozo ordena multa contra caminhoneiros

Ministro da Justiça criticou o movimento, destacou que os protestos têm viés "indiscutivelmente político" e que a paralisações de rodovias não serão toleradas; ele ordenou aplicação de multa de R$ 1,9 mil ao caminhoneiro que bloquear a estrada e liberou uso da força pela Polícia Federal Rodoviária caso seja necessário; no segundo dia de protestos, nesta terça-feira, há 46 pontos de bloqueio em 14 estados; líder do movimento diz que principal reivindicação é a saída da presidente Dilma Rousseff

10 de Novembro de 2015 às 13:03

Por Lara Rizério – Em meio à manifestação dos caminhoneiros que começou na última segunda-feira e que obstrui diversas rodovias também hoje, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) aplique multas e, se for necessário, use até mesmo a força para desobstruir as rodovias bloqueadas por caminhoneiros do Comando Nacional do Transporte, de acordo com informações do jornal O Globo.

Segundo relatório divulgado pela PRF às 9h, há bloqueios parciais em 22 trechos de 21 rodovias federais em sete estados — Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Ceará.

Na noite de ontem, Cardozo criticou o movimento, destacou que os protestos têm viés "indiscutivelmente político" e paralisações de rodovias não serão toleradas. "Não há uma pauta de reivindicações. Nós não temos possibilidade de negociar em cima de questões que não são apresentadas. É uma pauta política, uma pauta que é alimentada por pessoas que querem fazer uma ação política", disse o ministro.

"Nós determinamos que sejam multados todos aqueles que queiram fechar estradas. As multas são altas, mais de R$ 1,9 mil cada", prosseguiu o ministro.

Segundo Cardozo, o movimento tem tido baixa adesão por parte dos caminhoneiros, apesar de pulverizado, pelo fato de as principais entidades sindicais do País se posicionarem contra a paralisação. Vale destacar que o Comando Nacional do Transporte é uma entidade que foi criada no passado à revelia dos sindicatos tradicionais da categoria.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o líder do CNT, Ivar Luiz Schmidt, disse que, a princípio, não há interesse em negociar com o governo federal e que o principal objetivo é derrubar a presidente Dilma Rousseff. "Entregamos uma pauta para o governo em 4 de março e, em oito meses, o que foi atendido é irrelevante. Por causa disso, e do clima em que se encontra o País, com inflação elevada e aumentos consecutivos dos combustíveis e da energiaelétrica, achamos por bem pedir a renúncia da presidente. Não acreditamos mais que ela seja capaz de conduzir o País para fora do abismo no qual se encontra", disse.

Mais informações na reportagem da Agência Brasil:

Caminhoneiros mantêm protestos e bloqueiam rodovias

Caminhoneiros mantêm as paralisações iniciadas ontem (9) em todo país. Segundo o líder do Comando Nacional de Transporte, Ivar Luiz Schmidt, que organiza o movimento, os protestos continuam em 14 estados, com 46 pontos de bloqueio.

De acordo com os dados divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), os caminhoneiros fazem o bloqueio parcial em sete estados: Minas Gerais, Paraná, Tocantins, Santa Catarina, Ceará, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Os caminhoneiros afirmam que também fazem paralisações em São Paulo, Mato Grosso, no Espírito Santo, Rio Grande do Norte, em Pernambuco e no Maranhão.

O movimento pede que o governo atenda a pauta apresentada em março. Eles criticam ainda a atual situação econômica do país.

Segundo Schmidt, o movimento quer a saída da presidenta Dilma Rouseff e conta com o apoio de grupos como o Movimento Brasil Livre e Revoltados Online. O líder dos caminhoneiros reclama ainda da falta de diálogo com o governo e da demora em dar início à negociação.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, disse ontem (10) que os caminhoneiros em greve não apresentaram uma pauta de reivindicações e que a paralisação tem como objetivo o desgaste político do governo.