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FHC: Brasil não aceitará de ‘bom grado’ o impeachment

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) reagiu, nesta quarta (16), à declaração da presidente Dilma Rousseff, que fez um duro ataque contra os que querem tirá-la do cargo; mais cedo, Dilma afirmou que tentativas da oposição de usar a crise para chegar ao poder são uma "versão moderna" do golpe; para FHC, as movimentações a favor do impeachment não são golpistas e ganharam força porque o povo está sofrendo com a crise e se perguntando quando ela vai acabar; no entanto, o tucano afirmou que os brasileiros não aceitarão de "bom grado" o processo de impeachment sem alguém que renove a esperança no país; "Por enquanto não houve ninguém para assumir essa liderança", disse

16 de Setembro de 2015 às 20:29

 

247 – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) reagiu, nesta quarta-feira (16), à declaração da presidente Dilma Rousseff, segundo quem "usar crise para chegar ao poder é golpe" (aqui).

Segundo FHC, as movimentações a favor do impeachment não são golpistas e ganharam força porque o povo está sofrendo com a crise e se perguntando quando ela vai acabar. "Quem sofre a crise não quer dar golpe, quer se livrar da crise. Na medida em que o governo faz parte da crise, começam a perguntar se vai durar. Mas não é golpe", afirmou.

No entanto, o tucano afirmou que os brasileiros não aceitarão de "bom grado" o processo de impeachment sem alguém que renove a esperança no país. "Por enquanto não houve ninguém para assumir essa liderança", disse ele, no lançamento de seu livro "A miséria da política".

Durante a palestra, o ex-presidente ainda pediu que seu partido tenha calma ao negociar alianças políticas no momento em que muitas figuras públicas são investigadas. "Já disse ao PSDB: vai devagar porque não sei quem vai estar de pé depois da Lava Jato. Temo que se faça aliança precipitada com gente que vai ser expurgada", afirmou.

Por fim, ele defendeu que o PSDB se modernize para dialogar melhor com os insatisfeitos. "Falta-nos a linguagem adequada para nos engajarmos com o que está acontecendo no país", disse.