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Servidores comandam ‘barulhaço’ contra Sartori

Representantes de diversos sindicatos de servidores públicos realizaram nesta quarta-feira um “barulhaço” durante oito minutos em frente ao Palácio Piratini para protestar contra o parcelamento dos salários do funcionalismo e contra as políticas de ajuste do governador José Ivo Sartori (PMDB); “São oito minutos de ‘barulhaço’ representando um minuto por cada mês de desgoverno que nós tivemos até agora”, disse Sérgio Arnoud, presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (Fessergs); salário de agosto será pago em quatro parcelas e Estado teve as contas bloqueadas pela União

 

2 de Setembro de 2015 às 16:15

Sul 21 (Luís Eduardo Gomes) – Representantes de diversos sindicatos de servidores públicos realizaram nesta quarta-feira (2) um “barulhaço” durante oito minutos em frente ao Palácio Piratini para protestar contra o parcelamento dos salários do funcionalismo e contra as políticas de ajuste do governador José Ivo Sartori (PMDB).

Após o término das badaladas da Catedral Metropolitana para marcar o meio-dia, os manifestantes passaram oito minutos soprando apitos, tocando buzinas e outros instrumentos para demonstrar a insatisfação com o governo.

“São oito minutos de ‘barulhaço’ representando um minuto por cada mês de desgoverno que nós tivemos até agora”, disse Sérgio Arnoud, presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (Fessergs). Arnoud explica que, simultaneamente com o ato de Porto Alegre, foram realizadas diversas manifestações no interior do Estado.

Participaram do “barulhaço” representantes da Fessergs, do Sindicato dos Técnicos-Científicos do Rio Grande do Sul (Sintergs), do Sindicato dos Servidores Públicos do RS (Sindsepe), do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul (Semapi), do Centro dos Professores do RS (Cpers), do Sindicato dos servidores do DAER (Sisdaer), da Associação dos Servidores do Quadro dos Técnicos Científicos do RS (Asters), da Associação dos Fiscais Estaduais Agropecuários do RS (Afagro), entre outros.

Para o presidente da Fessergs, a paralisação unificada dos servidores estaduais, que está em seu terceiro dia nesta quarta, tem tido uma “intensa adesão”. “Nós nunca tínhamos tido uma adesão como essa da Brigada Militar, que está participando à sua maneira de uma atividade conjunta dos servidores gaúchos”, disse Arnoud, salientando que a paralisação é maior entre professores, profissionais da saúde, agentes penitenciários e policiais civis.

Questionado sobre a possibilidade de estender a greve para além de quinta-feira, último dia previsto originalmente, Arnoud disse que as entidades representativas do sindicalismo estão avaliando a questão. “Existe a possibilidade sim. Nós vamos decidir de maneira unificada”, afirmou.

Já para Augustin, do Sindsepe, “tudo indica” que haverá continuidade da greve. “Uma parcela grande dos servidores não tem dinheiro nem para a passagem, nem para a comida”, afirmou. “Nós estamos estudando inclusive um fundo de greve para garantir a sobrevivência de milhares de servidores”, salientou.

Mais atos pela cidade

Além do “barulhaço” marcado para o meio-dia, diversos atos foram realizados pela cidade nesta quarta em organização conjunta entre o Sindsepe e o Semapi.

Na região do Partenon, foi realizada uma marcha que envolveu trabalhadores da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps), da Escola de Saúde Pública, do Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP), do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), Sanatório Partenon, Hemocentro do Estado do RS, entre outros. Segundo Augustin, os servidores marcharam pela Av. Bento Gonçalves até a PUCRS e retornaram aos locais de trabalho.

Ao mesmo tempo, foi organizado um ato em frente à Farmácia de Medicamentos Especiais do Estado, localizada na esquina da Av. Borges de Medeiros com a Rua Riachuelo. Segundo Luiz Ferreira, diretor do Sindsepe, o estabelecimento foi escolhido por ser um “símbolo do serviço essencial”. “O objetivo é, ao parar a farmácia, mostrar a essencialidade do serviço para a população”, disse, salientando que a farmácia teve os serviços parcialmente suspensos. “Nosso propósito não é atacar a população. Mas, aqueles casos que podiam ser adiados, foram adiados”, complementou.