Distribuição da Chama Crioula será neste sábado, 15 de agosto
O calendário tradicionalista gaúcho assinala para o próximo sábado, 15 de agosto, um dos eventos mais importantes do ano: a distribuição da Chama Crioula. O evento acontecerá no Chuí, município gaúcho que faz divisa com o Uruguai, a partir das 10h.
No local, estarão representadas as 30 regiões tradicionalistas do Rio Grande do Sul, que recepcionam a cavalgada que traz a chama crioula do Uruguai, posto que foi acesa na Colônia de Sacramento, no dia 12 de julho, com a presença de representantes do tradicionalismo do Brasil, Argentina e Uruguai.
A distribuição da Chama Crioula dá início aos Festejos Farroupilhas, comemorados em praticamente a totalidade dos municípios gaúchos, com programação cultural, histórica, artística e campeira. Neste ano, o tema adotado pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho é ‘O Campeirismo Gaúcho e sua Importância Social e Cultural’. O Patrono dos festejos é o Padre Amadeu Canellas.
Segundo o presidente do MTG, Manoelito Savaris, a mobilização nos municípios, a partir dos CTGs principalmente, é expressiva. “Os preparativos costumam iniciar já em janeiro e o trabalho é sempre no sentido de avivar o orgulho pela nossa história e tradição”, afirma.
Histórico da Chama
No ano de 1947 foi criado em Porto Alegre, no Colégio Júlio de Castilhos, um Departamento de Tradições Gaúchas, com o objetivo de resgatar, preservar e proporcionar a revitalização das coisas tradicionais do Rio Grande do Sul, através da história gaúcha. Naquele momento, um grupo de jovens do colégio manifestou o desejo de fazer, de a cavalo, o acompanhamento dos restos mortais do General Farroupilha, David Canabarro, que era transladado ao Panteão Rio-grandense no cemitério da Santa Casa de Misericórdia. O ato ocorreu em 5 de setembro, com oito jovens a cavalo. Dois dias depois três daqueles jovens (Paixão Cortes, Cyro Ferreira e Fernando vieira) também de a cavalo retiraram uma centelha do Fogo Simbólico da Pátria, a meia noite do dia 7, acendendo o candeeiro crioulo que foi guardado no Colégio Julio de Castilhos, dando origem à Chama Crioula, que simboliza o apego do gaúcho à sua terra, o seu nativismo, seu telurismo. A Chama Crioula traz em si o reconhecimento que temos pela história e pela trajetória social do gaúcho. Desde então, o acendimento e distribuição da chama crioula se repete anualmente.
Sandra Veroneze
Assessoria de Imprensa MTG
Pragmatha Laboratório de Ideias & Gestão de Projetos