"Sua figura humana me provoca certa aversão, pela combinação entre valores retrógados e o vil cinismo tão próprio daqueles que se colocam a serviço dos endinheirados", diz o jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi e colunista do 247; "Mas sou obrigado a remar contra a maré e revelar que, ao contrário de muitos, tenho admiração pelo estilo político do maldito. Ele é implacável. Não se preocupa com a imagem ao defender ideias nas quais acredita. Enfrenta adversários até levá-los à derrota ou à capitulação incondicional"; Altman diz ainda que faltam à esquerda "quadros dessa estirpe"
29 de Maio de 2015 às 09:36
247 – Falta um Eduardo Cunha à esquerda brasileira. A tese é do jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi e colunista do 247.
"Sua figura humana me provoca certa aversão, pela combinação entre valores retrógados e o vil cinismo tão próprio daqueles que se colocam a serviço dos endinheirados", diz ele em seu blog.
"Mas sou obrigado a remar contra a maré e revelar que, ao contrário de muitos, tenho admiração pelo estilo político do maldito. Ele é implacável. Não se preocupa com a imagem ao defender ideias nas quais acredita. Enfrenta adversários até levá-los à derrota ou à capitulação incondicional. Briga como um rottweiler, resiste como um pugilista com queixo de pedra. Luta, manobra, transpira e sangra até conquistar os objetivos aos quais se propõe. Ou é derrotado com a certeza de ter ido ao limiar de suas energias para bater quem se põe no caminho."
Ao elogiar o estilo combativo de Cunha, Altman faz uma crítica aos dirigentes atuais da esquerda. "Queria muito que a esquerda tivesse, na linha de frente, quadros dessa estirpe. Muitos dos dirigentes e tribunos do campo progressista estão ficando flácidos, preguiçosos e acomodados."
"Por essas e outras, Eduardo Cunha também pode ser visto como um anti-herói com quem temos lições a aprender. O homem é feroz e decidido."
Leia a íntegra em "Cunha, príncipe das trevas, é anti-herói".