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Copa América de 2016 motivou subornos de US$ 110 milhões, diz Justiça dos EUA

Copa América de 2016 motivou subornos de US$ 110 milhões, diz Justiça dos EUA

Escândalo da Fifa chegou a ser chamado de "Copa do Mundo da fraude"

 

A organização da Copa América do Centenário, que será realizada em 2016, nos Estados Unidos, gerou subornos por um valor avaliado em 110 milhões de dólares, afirmou nesta quarta-feira a secretária norte-americana de Justiça, Loretta Lynch. 



"As investigações revelaram que aquilo que deveria ser uma manifestação esportiva foi usado como um veículo para uma rede maior para encher os bolsos de executivos, com subornos que somam 110 milhões de dólares", afirmou Lynch numa entrevista coletiva, na qual o escândalo da Fifa chegou a ser chamado de "Copa do Mundo da fraude".



Detenções



A pedido das autoridades dos Estados Unidos, seis dirigentes suspeitos de corrupção foram presos em Zurique, na Suíça hoje. O jornal New York Times foi quem revelou o caso nesta quarta-feira. A publicação afirmou que policiais suíços compareceram a um hotel de luxo de Zurique durante a madrugada e que entre os suspeitos e possíveis detidos, está o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin.



Além dele, entre os dirigentes atuais ou passados da Fifa, estão envolvidos no caso Jeffrey Webb (Ilhas Cayman), membro do comitê executivo e o uruguaio Eugenio Figueredo e Jack Warner (Trinidad e Tobago)  ex-membro do comitê executivo, já envolvido em outros casos de corrupção.  O jornal americano também cita o costarriquenho Eduardo Li, o nicaraguense Julio Rocha, presidente da Federação Venezuelana de Futebol, Rafael Esquivel, e o paraguaio Nicolás Leoz. 



Segundo as autoridades suíças, eles são suspeitos de aceitarem suborno de milhões de dólares desde os anos 90. O escândalo acontece dois dias antes da eleição para a presidência, na qual Joseph Blatter buscará o quinto mandato à frente da entidade.



CBF declada apoio à investigação



A CBF publicou na manhã desta quarta-feira uma nota sobre a operação que investiga irregularidades na Fifa e que prendeu o ex-presidente da entidade brasileira José Maria Marín e mais seis cartolas da federação internacional na Suíça.



"Diante dos graves acontecimentos ocorridos nesta manhã em Zurique, envolvendo dirigentes e empresários ligados ao futebol, a CBF vem a público declarar que apoia integralmente toda e qualquer investigação. A entidade aguardará , de forma responsável, sua conclusão, sem qualquer julgamento que previamente condene ou inocente. A nova gestão da CBF iniciada no dia 16 de abril de 2015 reafirma seu compromisso com a verdade e a transparência."




Del Nero sai em defesa de Marín



O atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, se pronunciou em defesa de seu antecessor e disse que contratos suspeitos são obra de Ricardo Teixeira. "São contratos firmados antes da administração de Marín. Eu conheço esses contratos", resumiu Del Nero em entrevista à ESPN. 



Del Nero faz referência a contratos firmados antes da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil. Os documentos estão sendo investigados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O atual presidente da CBF admitiu, porém, que a prisão de Marín "não é boa" para a CBF. Ele considerou que a investigação é necessária. Conforme a ESPN, Del Nero descobriu a prisão de Marín pela mulher do ex-dirigente da CBF, que estava no mesmo hotel em Zurique onde os cartolas da Fifa estava reunidos.