Justiça determina o desarquivamento de inquérito policial que apurou a morte da mãe de Bernardo
O Inquérito Policial que investigou as circunstâncias da morte de Odilaine Uglione e concluiu que a mãe de Bernardo Uglione Boldrini se suicidou, será reaberto. A decisão é do juiz Marcos Luís Agostini, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Três Passos, e atende ao pedido do Ministério Público. Com isso, as investigações acerca da morte de Odilaine devem ser retomadas.
Em relação ao pedido de Jussara Uglione, mãe de Odilaine, para que a Justiça requisite à Chefia de Polícia a designação de delegado e equipe da Região Metropolitana de Porto Alegre para realizar a investigação, o magistrado concluiu que a definição dessa questão é atribuição da própria Polícia.
Novos fatos
Ao solicitar o desarquivamento do Inquérito, a promotora Silvia Inês Miron Jappe justificou que os laudos da assistência técnica, confeccionados a pedido de Jussara Uglione, trazem novos fatos, imputando à secretária do consultório a confecção da carta suicida e, inclusive, colocando uma terceira pessoa dentro da sala de atendimento em que ocorreu o fato, onde, em tese, estariam apenas Leandro Boldrini e Odilaine Uglione.
Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório de Leandro Boldrini no dia 10 de fevereiro de 2010. A mãe de Bernardo teria escrito uma carta um dia antes da sua morte. O Inquérito Policial que investigou os fatos foi arquivado em 08 de abril de 2011, a pedido do Ministério Público, após conclusão da autoridade policial de que Odilaine havia cometido suicídio. No ano passado, a mãe da vítima, Jussara, postulou o desarquivamento do Inquérito Policial. Na época, o MP apresentou manifestação pelo indeferimento do pedido, ao argumento da inexistência de prova nova para fundamentar a reabertura do caso.
Inconformada, a avó materna de Bernardo encomendou perícias (de balística e da grafia da carta que a filha dela teria escrito) que levantaram questionamentos sobre a morte de Odilaine.