Yeda Crusius responderá por improbidade administrativa referente à Operação Rodin
Ação da Polícia Federal deflagrada em 2003 investigou fraudes no Detran/RS
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiu nesta terça-feira manter a ex-governadora Yeda Crusius como ré na ação de improbidade administrativa referente à Operação Rodin, que apura fraudes ocorridas no Detran/RS. O processo estava suspenso desde agosto do ano passado, aguardando o julgamento do mérito do recurso pela 4ª Turma. O recurso foi movido pela defesa de Yeda contra a decisão de primeira instância.
A decisão foi de parcial provimento, pois a responsabilização por indicar Flávio Vaz Neto para dirigir o Detran/RS foi excluída da denúncia. Segundo o relator do acórdão, desembargador federal Cândido Alfredo Silva Leal Júnior, incluir essa acusação seria ir além do que foi pedido na inicial.
A ex-governadora será julgada na esfera cível por condutas de supostamente agir para manter em funcionamento o esquema fraudulento em seu governo. O processo corre em segredo de Justiça.
Operação Rodin
A Operação Rodin, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2007, investigou irregularidades ocorridas entre os anos de 2003 e 2007 em contratos firmados com a Fundação de Apoio à Tecnologia e à Ciência (Fatec) e a Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (FUNDAE), vinculadas à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), para a realização dos exames teóricos e práticos de direção veicular para fins de expedição da Carteira Nacional de Habilitação. O Ministério Público Federal estimou que teriam sido desviados R$ 44 milhões dos cofres públicos.
correio do povo//