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Carta da mãe de Bernardo foi escrita por funcionária do marido, diz perícia

CARTA DA MÃE DE BERNARDO FOI ESCRITA POR FUNCIONÁRIA DO MARIDO, DIZ PERÍCIA

 Pouco mais de duas semanas após a divulgação de que a suposta carta suicida de Odilaine Uglione, mãe de Bernardo Boldrini, havia sido forjada, uma nova perícia particular apontou a autoria do texto. Uma funcionária da clínica de Leandro Boldrini, ex-marido da mulher e pai do menino, teria escrito a carta, segundo o advogado da avó do garoto.


A mãe de Bernardo foi encontrada morta em 2010, dentro da clínica do então marido na cidade de Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul. À época, a investigação da polícia concluiu que ela cometeu suicídio com um revólver, mas a defesa da mãe dela, Jussara Uglione, quer reabrir o caso.


“Já era sabido que não era uma carta da Odilaine, mas agora apontou-se a autoria. Ficou evidentemente provado, com critérios científicos, que não foi a Odilaine que escreveu, mas uma pessoa subordinada hierarquicamente ao então esposo dela na época”, disse ao G1 o advogado Marlon Taborda.

O pai de Bernardo está preso há um ano e é réu pela morte do menino, encontrado sem vida no dia 14 de abril de 2014 em Frederico Westphalen, a cerca de 80 km de Três Passos, onde a família residia.


Também são acusados pela morte do menino de 11 anos a madrasta do garoto, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz. Os quatro respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, entre outros crimes.


A suposta carta suicida teria sido escrita em 9 de fevereiro de 2010. Conforme Taborda, a nova perícia contratada por Jussara Uglione é resultado de uma série de estudos iniciados em outubro do ano passado, que analisaram e compararam a grafia do texto.


O advogado sustenta que os últimos exames constataram que a letra escrita na carta seria da secretária de Boldrini. Em março, outra perícia, também contratada pela avó do menino, já teria indicado que a letra não era de Odilaine.


Com as novas provas, a defesa espera que o caso seja reaberto. “Isso muda tudo. Já apresentamos às autoridades judiciais e ao Ministério Público, e eles devem dar uma resposta para a sociedade. A nossa expectativa é que as autoridades acolham os pedidos acumulados de reabertura e investigue todas as linhas”, acrescentou o advogado.

Do G1 RS