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Programa vê queda em adesões de empresas

Marco Weissheimer, Sul 21 – O Sistema de Avaliação de Gestão (SAG), um dos principais produtos do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade, vem registrando queda de adesões de empresas nos últimos anos, preocupando os coordenadores do programa. Segundo a ata da reunião do comitê diretor do PGQP, realizada no dia 20 de janeiro deste ano, todos os indicadores envolvendo a adesão de empresas ao programa demonstraram queda, levantando a “preocupação de como reverter esse quadro”.

Um dos participantes da reunião apontou problemas na própria gestão do programa, pois dados de uma pesquisa com empresas que não participam do SAG não reverteram em um plano de ação. Outro problema registrado na reunião foi que uma pesquisa feita na Serra gaúcha “identificou que programas de qualidade não estão mais na pauta dos executivos mais jovens”.

A reunião debateu também o projeto apresentado para a Caixa Econômica Federal há alguns anos para levar programas de gestão para 100 pequenas Prefeituras no Rio Grande do Sul e que até agora não foi aprovado. A ata do encontro informa que “agora, via o vice-governador, José Paulo Cairolli, o projeto será apresentado para o Ministério das Cidades”. “Se tivermos sucesso ampliaremos a participação das Prefeituras”, afirma o documento.

Liderado pelos empresários gaúchos Jorge Gerdau Johannpeter e Ricardo Felizzola, o PGQP, conforme o próprio programa define, “atua há 20 anos na promoção da competitividade do Rio Grande do Sul para melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, nos setores público, privado e terceiro setor”. O PGQP participou da criação do Movimento Brasil Competitivo (MBC), também ligado ao empresário Jorge Gerdau, que pretende “levar os conceitos da Qualidade para todos os cantos do nosso país”.

O programa tem participação direta no início do governo de José Ivo Sartori (PMDB). No dia 21 de janeiro, técnicos do PGQP apresentaram, no Palácio Piratini, as linhas iniciais do plano de gestão do governo do Estado. Nesta reunião, os técnicos do programa discutiram com os integrantes do governo os principais eixos e diretrizes estratégicas que vão nortear a atuação do Executivo na atual gestão.

O PGQP já participou, entre outros, do governo de Germano Rigotto, de José Fogaça (na prefeitura de Porto Alegre), e de Yeda Crusius. De modo similar ao que fez Sartori agora, em 2007, logo no início do seu governo, a então governadora Yeda Crusius reuniu todo o secretariado para discutir o andamento do convênio do Estado com o PGQP. Em 2010, Yeda Crusius e o PGQP renovaram o convênio para dar continuidade ao “projeto de modernização da Gestão Pública no Rio Grande do Sul”.
Entre as propostas deste projeto está a diminuição das estruturas do Estado. Segundo reportagem publicada pelo jornal Zero Hora (28/01/2015), o governador José Ivo Sartori designou um grupo para “fazer uma radiografia completa de 20 fundações, 11 sociedades de economia mista e nove autarquias que hoje compõem o organograma do Estado”. O grupo estuda a possibilidade de fusão, privatização ou mesmo extinção dessas organizações. Entre elas, figuram a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), a TVE, a rádio FM Cultura, a Fundação Zoobotânica, a Fundação de Economia e Estatística (FEE), a Corag, o DAER e a Fundação Gaúcha de Trabalho e Assistência Social (FGTAS).