Casa Civil vai esperar assembleia da Famurs para fazer anúncio sobre repasses atrasados às prefeituras
Após uma reunião com a direção da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), na manhã desta quarta-feira, no Palácio Piratini, o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, afirmou que só vai ser possível repassar algum valor aos municípios, na área da Saúde, após a assembleia da entidade, que ocorre nesta quinta. Biolchi negou que o atraso ou a falta de repasse financeiro às prefeituras seja uma vontade do atual governo. De acordo com a Casa Civil, a situação de caixa do Executivo força a retenção do repasse de dinheiro.
“Nós não avançamos em nenhuma sinalização antes da assembleia. A gente quer poder receber a reivindicação da Famurs. Inclusive pedimos para que fosse apresentada alguma sugestão. Esta não é uma vontade política do governo e, sim, uma situação de caixa, financeira, que se sobrepõe à nossa vontade. Nós queremos que a Famurs nos ajude a encontrar uma alternativa para não prejudicar o funcionamento no interior, principalmente na área da Saúde, porque esta é a finalidade do nosso ajuste”, explicou Biolchi.
Segundo o presidente da Famurs, Seger Menegaz, o governo julgou que os R$ 45 milhões referentes ao mês de dezembro para a área da Saúde também representa uma parcela atrasada da gestão anterior. Ele pontua, contudo, que as prefeituras não vão abrir mão do valor necessário aos cofres municipais.
O valor do montante em atraso a ser enviado aos municípios gaúchos referentes à área da Saúde representa R$ 208 milhões. Já a dívida estadual com os hospitais filantrópicos e com as santas casas já atinge aproximadamente R$ 255 milhões. (Fonte: Rádio Guaíba)