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Sindicato cobra nomeações de professores no RS

Jaqueline Silveira, Sul 21 – A diretoria do Cpers/Sindicato e o secretário estadual da Educação, Vieira da Cunha, estiveram reunidos por mais de uma hora na tarde desta quinta-feira (15) para tratar das prioridades para o início do ano letivo, no entanto pouco avançou em definições, já que o levantamento sobre o número alunos matriculados na rede estadual de ensino não foi concluído. As matrículas se encerraram na última terça-feira (13). As aulas iniciam no dia 26 de fevereiro.

Presidente do Cpers, a professora Helenir Oliveira disse que, como ainda não há o número alunos, não foi possível precisar a quantidade necessária de docentes para o começo das aulas. A direção do sindicato pediu ao secretário prioridade nas nomeações dos profissionais que estão aguardando e também a realização de novo concurso público, já que, segundo ela, hoje há banco só para professores das linguagens e de atividades. Os representantes da entidade sindical também solicitaram o reaproveitamento dos professores que tiveram seus contratos rescindidos no final do ano passado para não comprometer o começo do ano letivo. Isso porque, conforme Helenir, há professores que irão se aposentar ou entrar em licença. Conforme ela, 600 professores foram dispensados no final de 2014.

“O secretário vai apresentar as demandas ao governador”, afirmou a professora, referindo-se, principalmente, às nomeações e às contratações temporárias. Ela ressaltou que a educação está entre as excepcionalidades previstas, segundo informações repassadas pelo secretário, no decreto do governador José Ivo Sartori, que suspendeu pagamento das dívidas da gestão anterior e congelou nomeações e concursos.

Sobre o piso do salário do magistério, a presidente do Cpers disse que a diretoria pediu ao secretário a intermediação junto ao governador para “instalar a mesa de negociação”. O sindicato, inclusive, já pediu uma agenda com Sartori. “A reunião foi exclusiva para tratar do início do letivo”, completou Helenir.

Vieira da Cunha afirmou que assim que o levantamento do número de alunos e professores for concluído poderão ser detectadas “possíveis deficiências” e a prioridade para suprir eventuais faltas será a nomeação de concursados. “Estamos na fase da tabulação (dos dados). É difícil fazer uma estimativa”, completou ele, sobre as necessidades. O secretário frisou que o governador garantiu que áreas emergenciais como educação, saúde e segurança “não sofrerão prejuízos nenhum” com o decreto.

Em relação ao reaproveitamento dos professores contratos em caráter emergencial e dispensados no final do ano, ele disse que é “do nosso interesse atender essa demanda do Cpers”. No entanto, Vieira observou que é preciso “encontrar um caminho jurídico para ‘ressuscitar’ esses contratos”. “É melhor trazer um profissional já integrado com o meio escolar”, afirmou, sobre as vantagens de utilizar os mestres que já trabalharam em 2014.

Quanto a obras em escolas, o secretário ressaltou que a prioridade é recuperar os prédios que foram danificados pelos temporais até o início do ano letivo. “Nós temos algumas situações emergenciais sendo tratadas”, destacou ele. Já sobre o piso do magistério, Vieira disse que irá conversar com o governador sobre a instalação da mesa de negociação solicitada pelo Cpers.