Testemunhas de defesa indicam culpa da madrasta pela morte de Bernardo
Antiga empregada da família afirmou ter visto mulher tentar asfixiar o menino.
As testemunhas de defesa do pai de Bernardo, Leandro Boldrini, deram declarações à Justiça que indicam responsabilidade apenas da madrasta pela morte do menino. Durante as oitiva do caso Bernardo, que foram retomadas nesta quarta-feira, em Três Passos, no Norte do Estado, uma antiga empregada da família afirmou que viu Graciele Ugulini tentar asfixiar o enteado. Ela disse que, na época, não denunciou a madrasta por medo de represálias.
Uma técnica de enfermagem, funcionária de Leandro Boldrini, afirmou ter ouvido de uma colega que Graciele afirmou que pensava em contratar matadores de aluguel para se livrar de Bernardo. Ela ainda deu relatos da suposta boa relação do menino com o pai, que teria se sentido arrasado quando a criança procurou o Conselho Tutelar para pedir “comida, roupas limpas e permissão para brincar com a irmã mais nova”. A mulher garantiu nunca ter visto o menino mal vestido ou desnutrido.
A oitiva deve receber 24 testemunhas de defesa dos réus do caso Bernardo, até amanhã, em Três Passos. Os quatro réus da morte do menino de onze anos, ocorrida em abril, não participam das audiências, mas são representados por advogados. Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e o irmão dela, Evandro, permanecem presos.
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