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Recursos para hospitais aumentam em 75% no RS

Recursos para hospitais aumentam em 75% no RS

A Secretaria estadual da Saúde apresentou relatório das ações da pasta no segundo quadrimestre do ano, apontando um incremente de 75% nos repasses para hospitais e municípios; na área assistencial e epidemiológica, ela apontou o aumento no número de consultas na atenção básica, com consequente redução de internações hospitalares, e dados de mortalidade materna e sífilis congênita; os valores liquidados pelo Tesouro do Estado nos primeiros oito meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado somam R$ 1,89 bilhões, ante R$ 1,07 bilhão em 2013

 

13 de Novembro de 2014 às 12:31

 

Governo do Rio Grande do Sul – A secretária estadual da Saúde, Sandra Fagundes, apresentou, nesta quarta-feira (12), na reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, o relatório das ações da pasta no segundo quadrimestre do ano. Na área financeira, a secretária ressaltou o incremento de 75% nos repasses para hospitais e municípios. Na área assistencial e epidemiológica, ela apontou o aumento no número de consultas na atenção básica, com consequente redução de internações hospitalares, e dados de mortalidade materna e sífilis congênita.

Os valores liquidados pelo Tesouro do Estado nos primeiros oito meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado somam R$ 1,89 bilhões, ante R$ 1,07 bilhão em 2013.

"Dois fatores contribuíram para isso. Tivemos mais recursos em algumas áreas e, principalmente, precisamos neste ano antecipar alguns pagamentos. Por se tratar de um ano eleitoral, os repasses entre Estado e municípios precisaram ser interrompidos por questões legais. Assim, adiantamos as verbas previstas para esses meses", afirmou a secretária.

Do total dos repasses, cerca de 40% (ou R$ 784 milhões) foram destinados em forma de cofinanciamento a hospitais públicos, filantrópicos e convênios. Na sequencia dos maiores gastos, está a remuneração dos ativos da SES (R$ 189 milhões), seguida dos repasses para a atenção básica (R$ 170 milhões).

"Porém, o mais importante é vermos como esses valores são aplicados e retornados à população em forma de serviços", frisou Sandra. Para exemplificar, a secretária mostrou alguns números. Na atenção básica, o Rio Grande do Sul registrou mais de 14,5 milhões consultas médicas nos dois primeiros quadrimestres de 2014, ante 11,8 milhões de atendimentos no mesmo período de 2013.

Um dos reflexos de aumento de consultas na atenção básica foi o menor número de internações hospitalares que poderiam ser atendidas nas Unidades Básicas de Saúde e pelas Equipes de Saúde da Família, que têm capacidade de resolver até 80% dos casos. Assim, o percentual de internações que poderiam ser solucionada na atenção primária vem caindo nos últimos anos: de 26,87% em 2011; 25,67% em 2012; 25,35% no ano passado e 24,69% neste ano (dados até julho).

Redução da mortalidade materna e de sífilis congênita

A secretária Sandra Fagundes ressaltou ainda a atuação da Rede Cegonha/PIM-RS, estratégia destinada a garantir o atendimento à gestante, à consulta puerperal e pediátrica. Para isso, ela apresentou os números da queda da mortalidade materna e o registro de sífilis congênita (de mãe para filhos).

Os dados da mortalidade referentes a 2013, que em breve serão concluídos e divulgados oficialmente, virão a confirmar que o Rio Grande do Sul chegará pela primeira vez ao patamar abaixo dos 30 óbitos por 100 mil nascimentos.

A série histórica do Estado mostra que, entre 2000 e 2012, o índice ficou predominantemente acima de 55 óbitos maternos por cem mil nascidos vivos, variando entre o mínimo de 45,5 (registrado em 2001) e o máximo de 72,6 (em 2009). Assim, o Estado atinge antecipadamente a meta do Milênio preconizada pelas Nações Unidas de redução de três quartos nos índices de mortalidade materna registrados em 1990.

Outro indicador que demostra a qualificação do pré-natal está no número de casos novos de sífilis congênita em menores de 1 ano de idade. Durante a gestação, um simples exame pode identificar a doença na mulher. Com o diagnóstico precoce e o tratamento a tempo, as chances de a mãe infectar a criança caem para menos de 1%. No Estado do Rio Grande do Sul, durante o primeiro e segundo quadrimestre de 2014, foram notificados 522 casos, ante 654 no mesmo período de 2013, uma queda de 19%.

Parte dessa queda pode ser atribuída à ampliação da distribuição de testes rápidos de HIV e Sífilis na Atenção Básica, Serviço Especializado e Maternidades. Foram 258 mil exames neste ano, o dobro dos 123 mil em 2013. Além disso, a Secretaria Estadual da Saúde orienta que seja feita a testagem em 100% das gestantes e parturientes, bem como em todas internações e procedimentos ambulatoriais por abortamento, nas maternidades públicas e privadas, independentemente do número e data dos exames realizados durante o pré-natal.