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Reunião de transição define processo de repasse de informações no RS

A primeira reunião para tratar da transição no comando do Palácio Piratini, na Casa Civil, foi rápida: durou cerca de 40 minutos e tratou basicamente da organização dos procedimentos para a solicitação e repasse das informações; na saída, o ex-prefeito da Capital José Fogaça, representante do governador eleito José Ivo Sartori (PMDB), destacou que foi preciso um espaço para abrigar entre 20 e 30 pessoas, a indicação de dois interlocutores de cada governo para acompanhar o andamento das solicitações das informações e as respostas; “Isso centraliza e operacionaliza as informações”, explicou Fogaça

 

7 de Novembro de 2014 às 16:46

 

Jaqueline Silveira, Sul 21 – A primeira reunião para tratar da transição no comando do Palácio Piratini na manhã desta sexta-feira (7), na Casa Civil, foi rápida: durou cerca de 40 minutos e tratou basicamente da organização dos procedimentos para a solicitação e repasse das informações. Na saída, o ex-prefeito da Capital José Fogaça falou em nome da equipe do governador eleito, José Ivo Sartori (PMDB), que ainda é composta pelo ex-deputado Ibsen Pinheiro, o coordenador financeiro da campanha Carlos Búrigo, o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer, e o vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo.

Inicialmente, Fogaça destacou a recepção da equipe do governador Tarso Genro e “a boa vontade para fazer uma transição republicana e de transparência”. “Acertamos três procedimentos em matéria de organização da transição”, adiantou-se ele, antes dos questionamentos da imprensa que aguardava do lado de fora. O ex-prefeito se referia ao pedido de um espaço para abrigar entre 20 e 30 pessoas, a indicação de dois interlocutores de cada governo para acompanhar o andamento das solicitações das informações e as respostas. “Isso centraliza e operacionaliza as informações”, explicou Fogaça, acrescentando que a sugestão foi feita pela equipe do atual governo e aceita pelo grupo de Sartori. Também ficou acertado que as equipes políticas de transição irão se reuniu uma vez por semana até 31 de dezembro.

Fogaça não detalhou o tipo de informações que será solicitado, no entanto, afirmou que “todo o governo que assume tem de se apropriar de todas as áreas” e que o “núcleo está na questão financeira e no planejamento”. Quanto à situação financeira do Estado, o porta-voz da equipe de Sartori disse que, a partir do começo da transição haverá acesso às informações. “Agora que vamos começar a ter esses dados. Há informações que são acessadas publicamente”, completou Fogaça.

Ele reconheceu que a aprovação, na última quarta-feira (5), pelo Senado, do projeto de renegociação da dívida do Estado com a União, que prevê um abatimento de R$ 15 bilhões no resíduo a longo prazo é importante, “mas temos de reduzirmos o desembolso para permitir uma imagem de investimentos”. Ele aproveitou para elogiar a disposição do governador Tarso em se “integrar” nas negociações para reduzir as parcelas da dívida, questão que deverá ter andamento em 2015.

Em relação à possibilidade de o governo eleito encaminhar projetos à Assembleia Legislativa para serem votados ainda este ano e entrar em vigor em 2015, ele ressaltou que a questão será avaliada “ao longo da transição”. Cogitado para ser secretário, Fogaça desconversou: “Não é uma questão que está em jogo. Somos um grupo de transição”.

Coordenador da equipe de transição do governo Tarso, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana afirmou que, a partir da tarde da próxima segunda-feira (10) a sede da Procergs na zona sul da Capital estará à disposição do grupo técnico de Sartori para iniciar o trabalho. Ele também disse que as informações serão solicitadas por meio de ofício, porém, não com objetivo de burocratizar o processo, mas para “ter controle dos prazos para as respostas”. O porta-voz de Tarso acrescentou que já foi repassado à equipe de Sartori os nomes dos dois representantes do atual governo que irão acompanhar o processo de solicitação e fornecimento das informações. O grupo do governador eleito ainda indicará seus dois nomes. “Foi uma reunião mais protocolar, a ideia é não criar nenhum obstáculo”, comentou Pestana.

Sobre dados das finanças do Estado, o chefe da Casa Civil informou que a Secretaria da Fazenda está fechando as informações e talvez na próxima semana já poderão ser disponibilizadas. Em relação à possibilidade de o governador eleito ter interesse em enviar algum projeto para Assembleia Legislativa, Pestana ressaltou que “não tem problema algum”. Além de Pestana, integram a equipe de transição pelo governo Tarso, os secretários Odir Tonollier, da Fazenda, Alessandro Barcellos, da Administração, e João Motta, do Planejamento.

Na próxima semana, será a vez de Tarso e Sartori se encontrarem, porém não foi definido o dia.