Líder empresarial, o candidato a vice-governador na chapa do PMDB, José Paulo Cairoli (PSD), defende um governo que valorize os empresários já instalados no Estado e atraia novos investidores; "É necessário uma atenção especial com as empresas já instaladas no RS sem perder a disposição de atração de novos investimentos, que gerem riqueza e renda", disse; o pessedista é apontado como um dos coligados menos confortáveis no Estado com a escolha de Marina Siva para a chapa presidencial apoiada por seu partido
Ana Ávila, Sul 21 – Líder empresarial, o candidato a vice-governador pela coligação O Novo Caminho Para o Rio Grande (PMDB / PSD / PPS / PSB / PHS / PT do B / PSL / PSDC), José Paulo Cairoli, defende um governo que valorize os empresários já instalados no Estado e atraia novos investidores. "É necessário uma atenção especial com as empresas já instaladas no RS sem perder a disposição de atração de novos investimentos, que gerem riqueza e renda", disse ele, em entrevista ao Sul21. Pecuarista e lider empresarial, Cairoli entrou na política partidária há apenas um ano e a pouco mais de um mês de sua primeira eleição, vem sendo apontado como um dos coligados menos confortáveis no Estado com a escolha de Marina Siva para a chapa presidencial apoiada por seu partido.
Cairoli só se filiou a um partido politico em 2013. O assédio, no entanto, é bem anterior, Ao ser anunciado candidato ao Senado, Pedro Simon afirmou que o empresário, há muito, era convidado a entrar na política. Beto Albuquerque deu declaração semelhante na entrevista coletiva que concedeu em Porto Alegre, após o anúncio de seu nome como candidato a vice-presidente. Cairoli conta que entrou no PSD com a disposição de ajudar a construí-lo no Rio Grande do Sul. "O PSD é o partido que mais se assemelha a minha visão que se constrói através da sociedade e que busca soluções na construção do bem comum", disse ele. Fundado em 2011 por Gilberto Kassab, o PSD elegeu quase 500 prefeitos em sua primeira eleição, em 2012.
Apesar de já ter nascido com representantes nacionais conhecidos como Kassab, o PSD ainda engatinha no Rio Grande do Sul, onde Cairoli é um de seus representantes de maior peso – ao lado do deputado federal Danrlei de Deus. A influência do candidato a vice governador junto ao setor empresarial o teria credenciado para o convite. No entanto, a escolha de Marina Silva para concorrer à presidência na chapa apoiada pela coligação estadual teria causado desconforto ao pecuarista. Simon disse que uma reunião na próxima sexta-feira (29) deve limar qualquer mal-entendido, mas nenhuma liderança nega o estremecimento.
A trajetória de Cairoli foi construída na liderança empresarial e na agropecuária. Aos 52 anos, ele já presidiu a Federasul, a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil e o BRDE. Também atuou como executivo do grupo Ipiranga e é proprietário da Reconquista Agropecuária. Dedicada à criação da raça Angus, sua cabanha já conquistou, por nove vezes, o título de melhor criador-expositor nacional da raça. O histórico de sucesso nos negócios o teria credenciado a integrar a chapa ao lado de José Ivo Sartori. "Entendo que tinha chegado a hora da minha participação", diz ele, e completa destacando que está na hora de fazer as mudanças que a população está exigindo, nos serviços públicos e na indução do empreendedorismo. Para o candidato, "o Rio Grande do Sul precisa retomar o protagonismo nacional de melhor Estado para se viver e investir".
Entendedor do setor empresarial, Cairoli defende mudanças na forma como o governo estadual lida com o assunto. "Atualmente, o RS carece de agilidade da máquina pública, que cada vez mais onera o empreendedor com aumento de burocracia e o baixo investimento na infraestrutura, que onera os custos de transporte e compromete a produtividade", defende. Para Cairoli, a função do Estado é criar um ambiente favorável ao empreendedorismo, apoiando os geradores de riqueza e emprego.
É neste sentido que ele pretende atuar, se eleito. Cairoli diz que quer ajudar o futuro governador "a fazer o Estado voltar a funcionar, para a maioria que depende dos serviços públicos, gerando melhoria na qualidade de vida das pessoas". Disposto a apoiar o ex-prefeito de Caxias na condução do Estado, o candidato não vê problemas na falta de destaque que a figura do vice costuma receber. "A atenção da sociedade está voltada aos dois candidatos, mas a decisão na escolha está mais baseada no candidato a governador, prefeito ou presidente. A participação do vice deve ser para complementar a dupla que irá governar naquele período", diz ele.
O histórico ligado à agropecuária poderia levar a crer que Cairoli tem origens no interior. No entanto, o empresário nasceu em Porto Alegre, onde vive com a mulher e um dos três filhos.
