A senadora Ana Amélia (PP-RS) comentou a decisão do ministro Joaquim Barbosa de antecipar sua saída do STF e também da corte; a parlamentar destacou suas qualidades e disse que ele encarna valores como independência, coragem e rigor; para Ana Amélia, o ingresso do ministro na política faria bem ao país; "Seria muito bom para a política do país se ele saísse candidato ao Senado, a um governo de estado, à presidência da república, à vice-presidência, a deputado federal, o que ele desejasse", afirmou a congressista
30 de Maio de 2014 às 15:54
Agência Senado – Em pronunciamento nesta sexta-feira (30), a senadora Ana Amélia (PP-RS) comentou a decisão do ministro Joaquim Barbosa de antecipar sua saída da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e também da corte. Ao ler artigos e matérias sobre a aposentadoria de Barbosa, a parlamentar destacou suas qualidades e disse que ele encarna valores como independência, coragem e rigor. Para Ana Amélia, o ingresso do ministro na política faria bem ao país.
– É natural que por esses valores defendidos, partidos políticos estejam atrás dessa grande biografia para integrar seus quadros. Seria muito bom para a política do país se ele saísse candidato ao Senado, a um governo de estado, à presidência da república, à vice-presidência, a deputado federal, o que ele desejasse, porque isso daria um grande alento à prática política – disse Ana Amélia.
Primeiro negro a presidir o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa anunciou sua aposentadoria para o fim de junho.
– A saída do ministro Joaquim Barbosa da carreira jurídica ocorre precocemente. Perde o Poder Judiciário, perde o Supremo Tribunal Federal – avaliou Ana Amélia.
O ministro ganhou maior notoriedade como relator do julgamento da ação 470, também conhecido como mensalão. Foi assim, disse a senadora, que se projetou como um juiz que finalmente atendeu às expectativas da sociedade na reparação de delitos cometidos por ocupantes de cargos públicos.
– O ministro que obteve reconhecimento dentro e fora do Brasil não é, nem poderia ser, uma unanimidade. As pessoas que quebram paradigmas, como fez Joaquim Barbosa são avaliados exatamente por essa coragem. O legado que deixa deve ser inspirador dos que, em todas as instâncias, e não só nas altas cortes, trabalham pela efetividade da Justiça – disse Ana Amélia ao comentar editorial do Jornal Zero Hora.