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Perícia analisa assinatura de pai de Bernardo em receita usada em crime

Perícia analisa assinatura de pai de Bernardo em receita usada em crime

Conselho Regional de Medicina pode cassar o registro do pai do menino.

DO G1

A perícia está analisando a assinatura de Leandro Boldrini em uma receita do remédio que, segundo a polícia, foi usado para matar o menino Bernardo. O médico é acusado de participação no assassinato do filho, ocorrido em abril em Frederico Westphalen, na Região Norte do Rio Grande do Sul.

O Conselho de Medicina do RS (Cremers) solicitou ao Ministério Público cópia do processo e todas as provas que envolvem o pai da vítima. Caso a letra seja dele, o órgão deve cassar o seu registro profissional.

Na semana passada, a Justiça aceitou a denúncia contra Leandro Boldrini e os outros três acusados de envolvimento na morte do menino Bernardo. O pai do garoto vai responder por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica, já que ele registrou o desaparecimento do filho na delegacia mesmo sabendo que o menino estava morto. A mulher de Leandro e madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, e a amiga dela Edelvania Wirganovicz responderão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O irmão de Edelvania, Evandro Wirganovicz, será julgado por ocultar o corpo da criança. Os quatro estão presos.

A receita apreendida pela polícia foi usada por Edelvania para comprar o medicamento Midazolam, encontrado no corpo da vítima Bernardo.

"O conselho busca provas de que o médico utilizou conhecimentos da medicina e a sua condição como médico para favorecer ou atuar no crime", afirma o presidente do Cremers, Fernando Weber Matos. Ele relata que uma avaliação psiquiátrica do médico também pode ser pedida pela instituição.

"Nós já suspendemos a ação dele como diretor técnico no Hospital (de Caridade) em Três Passos. Em princípio, ele estando preso também está impedido de trabalhar e exercer a profissão. No momento que iniciarmos a sindicância aí sim poderemos ver de acordo com o laudo psiquiátrico a suspensão temporária do seu exercício profissional", completa Matos.

O presidente do Cremers relata que as sindicâncidas duram em média seis meses.