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“Meu filho caiu nas mãos daquela canalha”, diz mãe de Leandro

A Rádio Gaúcha encontrou no interior de Campo Novo, no noroeste do Estado, os pais do médico Leandro Boldrini, preso por suspeita de participação na morte do menino Bernardo. A mãe do cirurgião, Amélia Rebelato, concedeu entrevista exclusiva e, durante uma hora, falou sobre a saudade do neto, a tristeza por ver o filho preso e da desconfiança que tinha da madrasta do menino.

Dona Amélia disse que passou a se sentir mal desde que soube da morte de Bernardo e da prisão de Leandro Boldrini, o filho mais novo. Conta que o médico, o menino e a madrasta sempre a visitavam e muitas vezes passavam todo o final de semana na residência da família.

Ela diz que já chorou bastante e que foi um choque primeiro o desaparecimento do garoto e depois a morte de Bernardo. Sobre Graciele Ugulini, madrasta do garoto, admite que achava que filho havia feito a escolha errada.

“Meu filho caiu nas mãos daquela canalha”, desabafa.

Amélia conta ainda que o menino Bernardo nunca gostou da madrasta, mas não dizia o porquê. Lembra que quando o pai disse que casaria com Graciele, Bernardo disparou:

“Se tu for morar com ela, espera eu morrer então”, lembra Amélia da declaração do neto.

A idosa disse ainda que não foi visitar o filho no presídio por não ter condições emocionais e por ter que cuidar do marido, pai de Leandro, o agricultor Irildo Boldrini, que sofre de doença do coração.

A avó paterna de Bernardo sentia que o menino tinha medo da madrasta. Sobre Leandro, conta que sempre foi uma pessoa bastante religiosa, trabalhadora e honesta e não acredita, em hipótese alguma, que ele tenha participado do crime.

Os pais do médico Leandro Boldrini são pequenos agricultores e vivem da venda de soja, milho e trigo. Dona Amélia conta ainda que no dia 7 de abril, dois dias depois do desaparecimento de Bernardo, foi com o outro filho Vilson Boldrini na casa de Leandro, em Três Passos. Recorda bem o que o médico falava na oportunidade.

“Eu sou inocente, mas você, apontando, para Graciele – que estava com a filha no colo -, você vai pagar. Vão lhe colocar numa caixinha”, lembra dona Amélia da declaração do filho.

Recorda que o filho estava abalado, parecendo em estado de choque, e Graciele um pouco diferente do habitual, mais calma. Perguntada se ele já sabia do crime ou estava abalado com o desaparecimento do filho, Amélia disse não lembrar.

A idosa ressaltou ainda que ela e o filho Vilson Boldrini voltaram à casa de Leandro na segunda-feira, dia 14 de abril, no mesmo dia em que o médico mais tarde seria preso. Sobre o desamor que o médico teria com o filho, garante que não. Afirma que Leandro sempre foi de brincar com a criança, mas admite que o médico era muito ocupado.

Rádio Gaúcha/Foto: Eduardo Matos