"Não assimilei nada ainda, é muito surpreendente", diz mãe de madrasta suspeita de matar Bernardo
Alácia Maria Diel afirmou que "não existem palavras" para definir um dos casos mais policiais mais chocantes do Estado.
Reunida com familiares para buscar um advogado e uma estratégia de defesa para Graciele Ugulini, 32 anos – presa por suspeita de assassinato contra o enteado Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos – a mãe da madrasta disse nesta quarta-feira a Zero Hora que ainda não conseguiu assimilar o que está acontecendo. Questionada se a filha é inocente, Alácia Maria Diel respondeu:
– Diante desses fatos, a gente ainda não conseguiu assimilar nada. Foi muito surpreendente, eu não posso falar nada ainda. Não existem palavras para falar a você.
Desde que a filha foi presa na última segunda-feira em Três Passos, Alácia não teve mais contato com Graciele. Até o momento, apenas o médico Leandro Boldrini, 38 anos, companheiro de Graciele e pai de Bernardo, contratou um advogado – Andrigo Rebelato.
Bernardo foi enterrado em frente ao jazigo da família Angelo Uglione, no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria, por volta das 10h desta quarta-feira. Ele nasceu na cidade e morava em Três Passos.
O corpo do menino foi sepultado próximo ao da mãe, Odilaine Uglione, que teria se matado há quatro anos. No cemitério, pouco mais de uma centena de pessoa, a maioria familiares e professores do Colégio Ipiranga, do Noroeste gaúcho, onde ele estudava, prestou as últimas homenagens, que chegou em um caixão coberto por uma bandeira da escola em um clima de dor, tristeza e esperança por justiça.
diário de sta maria/