“Nós não tivemos nenhum contato com o presidente do STF, Joaquim Barbosa, sobre a questão da filiação partidária. Estamos lendo como vocês, na imprensa”, disse o governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos; jornais noticiaram nos últimos dias que o socialista teria convidado o presidente do STF, Joaquim Barbosa, a ser candidato ao Senado; poucas horas antes da negação de Campos, deputado Romário (PSB-RJ) disse que abriria mão da disputa em prol de Barbosa; governador disse ainda que o candidato indicado pelo PSB para disputar o governo de Pernambuco será conhecido até o Carnaval
19 de Fevereiro de 2014 às 12:27
Pernambuco 247 – O governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, negou que tenha convidado o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, a se lançar candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro. “Nós não tivemos nenhum contato com o presidente do STF, Joaquim Barbosa, sobre a questão da filiação partidária. Estamos lendo como vocês, na imprensa”, afirmou Campos. Além de negar o convite a Babosa, Campos disse que o candidato indicado pelo PSB para disputar o Governo de Pernambuco será conhecido até o Carnaval.
As especulações em torno do convite ao presidente do STF para integrar a chapa do PSB no Rio de Janeiro ganharam força nos últimos dias e davam conta que a intermediação estaria sendo feita pela ex-corregedora de Justiça, Eliana Calmon, que filiou-se recentemente ao PSB e está colocada para disputar o Senado pela Bahia. Sobre este aspecto, Campos deixou em aberto a possibilidade de uma conversa entre os magistrados. “Acho natural que uma ex-ministra que fez a opção, ao se aposentar, de entrar na luta política para melhorar a política, que ela possa falar sobre isso ao ver antigos colegas do Judiciário. Eu não tive nenhum contato com o ministro”, disse.
Questionado sobre o fato do possível ingresso de Barbosa na política reforçar a tese do antipetismo nas eleições deste ano, campos foi taxativo. “Eu não vou discutir hipóteses pelos jornais. O ministro preside a Suprema Corte do País. Quem está na Suprema Corte não pode ter filiação partidária. Então, não cabe a um governador do Estado se dirigir pela Imprensa ao presidente da Suprema Corte para tratar sobre política", afirmou.
Ainda nesta quarta-feira (19), antes do governador negar o convite, o deputado federal Romário afirmou ao Valor PRO que poderia desistir de uma possível candidatura ao Senado em prol do ingresso de Barbosa na chapa. “Se existir por parte do partido, lá na frente, decisão de que a candidatura dele [Joaquim Barbosa] ao Senado é mais interessante ao partido, eu não tenho nenhum tipo de problema. Ele, com certeza, terá prioridade na escolha", declarou.
Se por um lado Campos tenta por um fim à especulação em torno do convite feito a Barbosa, a sucessão pernambucana continua sendo um mistério. Questionado sobre quem será o indicado para disputar a sua sucessão, o governador disse que a escolha será anunciada em breve. "Se vocês forem brincar o Carnaval, vão encontrar o candidato", disse após participar da abertura do Seminário Internacional de Gestão Pública, realizado na manhã desta quarta-feira, no Recife.
A indefinição sobre o assunto é justificada pelo grande número de candidatos em potencial. Até o final do ano passado, os nomes pré-colocados para a disputa envolviam os secretários Danilo Cabral (Cidades), Tadeu Alencar (Casa Civil), Paulo Câmara (Fazenda), Milton Coelho (Governo), Antonio Figueira (Saúde). Além destes também estavam cotados o vice-governador João Lyra Neto e o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho.