O conselheiro-presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS, Carlos Martins, afirmou que o Rio Grande do Sul corre o risco de sofrer um novo apagão se o inverno deste ano for muito rigoroso; segundo ele, "não temos falta de energia, mas problemas para distribuir"
18 de Fevereiro de 2014 às 17:26
Rio Grande do Sul 247 – O conselheiro-presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS (Agergs), Carlos Martins, afirmou, nesta terça-feira (18), que o Rio Grande do Sul corre o risco de sofrer um novo apagão se o inverno deste ano for muito rigoroso. Segundo ele, houve um aumento de 59% na quantidade de reclamações em relação ao serviço de energia gaúcho. Da metade de dezembro à metade de fevereiro, foram 16 mil queixas de consumidores contra 10 mil nos dois meses anteriores.
"Não temos falta de energia, mas problemas para distribuir", disse o dirigente. Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa, Martins disse que o estado não tinha preparo para o alto consumo de energia do verão, que bateu recordes de calor e teve mais temporais que o esperado. As informações são do jornal Zero Hora.
De acordo com ele, as três principais concessionárias do Estado (AES Sul, CEEE e RGE) apresentavam índices satisfatórios na prestação de serviços até dezembro do ano passado. No entanto, em janeiro deste ano, as empresas não conseguiram atender à alta demanda de energia.
A CEEE informou que as ligações irregulares feitas pro pessoas que não são consumidoras, conhecidos como "gatos", representam 30% do consumo, mas a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tolera apenas 15%. Segundo a CEEE, o principal problema da companhia seriam essas ligações não técnicas, representando dificuldade de capacidade de investimento.
Martins informou, ainda, que a Agergs só conseguirá manter uma fiscalização eficiente em relação ao funcionamento da distribuição de energia elétrica se aumentar o número de funcionários. "A Agergs não tem mais condições de fiscalizar com o quadro que tem", declarou.