Novo ministro da Casa Civil se mostra totalmente alinhado à presidente Dilma Rousseff já em seu primeiro discurso, nesta terça-feira 4, ao exaltar a equipe econômica de Dilma e dizer que o governo está comprometido com a responsabilidade fiscal e o controle da inflação; petista disse ainda, durante cerimônia de transmissão de cargo, que a Casa Civil lida com "espinhosas missões" e que irá combinar "discrição e muito trabalho"; "Portanto, a imprensa que se prepare", avisa
4 de Fevereiro de 2014 às 12:10
247 – O novo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, exaltou nesta terça-feira 4 a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff em cerimônia de transmissão de cargo na nova pasta e disse que o governo está comprometido com a responsabilidade fiscal e o controle da inflação.
Já em seu primeiro discurso como titular da pasta, Mercadante se mostrou totalmente alinhado à presidente. Seu discurso tocou nos mesmos pontos citados na mensagem de Dilma ao Congresso nesta segunda-feira, no início dos trabalhos legislativos.
Mercadante aproveitou também para mencionar nominalmente o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Ele garantiu que, apesar do cenário econômico internacional turbulento, o Brasil manterá a estabilidade, o crescimento, o emprego e a redução de desigualdade.
Mercadante, que assume no lugar de Gleisi Hoffmann – a quem desejou "êxito" em sua nova empreitada como candidata ao governo do Paraná –, agradeceu a presidente Dilma pela confiança na "complexa e honrosa" tarefa de chefiar a pasta, que, segundo ele, lida com "espinhosas missões".
O novo ministro declarou ainda que sua gestão vai combinar "discrição e muito trabalho". E mandou recado aos jornalistas. "Minha gestão no comando da Casa Civil combinará discrição – portanto, a imprensa se prepare para este período– com trabalho, trabalho e mais trabalho", disse.
Em seu discurso de despedida, Gleisi disse ter buscado "atuar em defesa da estabilidade política, ainda que não a qualquer preço" e "ouvir mais do que falar" ao longo de sua gestão à frente da Casa Civil. Ela também elogiou o trabalho de Mercadante, com quem já trabalhou no Congresso, além do governo.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre a posse de Mercadante:
Implementar projetos será principal tarefa, diz Mercadante
Yara Aquino – Em cerimônia de transmissão de cargo hoje (4), no Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante recebeu da ex-ministra Gleisi Hoffmann a chefia da pasta. Mercadante disse que sua atuação será marcada por muito trabalho e discrição e terá como modelo a gestão da presidenta Dilma Rousseff no período chefiou a Casa Civil.
O ministro disse que sua principal tarefa será assegurar o cumprimento dos projetos do governo e citou programas da diversas áreas como o Mais Médicos, o Pronatec, a redução do desmatamento, e as concessões na área de infraestrutura.
"Na chefia desta casa que tem a função crítica de coordenar a implantação e avaliação de políticas de governo, vou me dedicar a servir um governo que vem transformando profundamente o Brasil, que tem consciência que tem um rumo correto, um projeto histórico, propostas viáveis e um profundo compromisso social", disse.
A economia foi um tema amplamente abordado no discurso de Mercadante que citou o compromisso do governo com o controle da inflação e o crescimento do emprego. "Nesse novo Brasil, a responsabilidade com as contas públicas não está dissociada da responsabilidade social, como ocorria em outros tempos".
Mercadante ainda destacou a solidez da democracia brasileira e citou as manifestações de junho. "As grandes manifestações de junho fortaleceram ainda mais nossa jovem democracia".
Ao fazer um balanço de sua atuação ao longo de quase três anos na Casa Civil, a ex-ministra Gleisi Hoffmann citou o plano de concessões públicas de infraestrutura que, segundo ela, demonstrou ser possível equilibrar retorno de investimentos com modicidade tarifária.
"Não é fácil fazer mudanças, o programa de investimento em logística é prova disso, assim como o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] foi. Os interesses de quem não quer mudar quase sempre se manifestam com estridência, enquanto os interesse pela renovação tem mais dificuldades de garantir aliados, Há pressões, há conflitos e nem todos os interesses são conciliáveis", disse.
A ministra fez também um balanço de projetos sociais dos quais participou da construção como o Programa Mais Médicos e o Viver sem Limites. Gleisi deixa o ministério para concorrer ao governo do Paraná nas eleições de outubro. Antes, reassume o mandato de senadora.