Paulo Vieira, preso em 2012 pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro, acusa o secretário-executivo do ministério da Previdência, Carlos Gabas, de enriquecimento ilícito por meio de carta anônima distribuída para ministérios e imprensa; motivo para a denúncia pode ser explicado pela próxima relação que Vieira tinha com o presidente do INSS, Mauro Hauschild, demitido por Gabas dois meses antes da operação; difamação será agora investigada pela PF
29 de Janeiro de 2014 às 22:37
247 – O ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira, preso em 2012 pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro, vem acusando o secretário-executivo do ministério da Previdência, Carlos Gabas, de enriquecimento ilícito. A acusação tem sido feita por meio de carta anônima distribuída para ministérios e redações de jornais e revistas. A operação de difamação será agora investigada pela PF.
A carta pode ser identificada como de Paulo Vieira porque ele teve seu computador apreendido pela PF quando foi preso. Através da máquina, a polícia descobriu que Vieira havia criado um e-mail falso com dezenas de disparos de cartas – o mesmo que agora chega às redações e aos ministérios. O ex-diretor da ANA tinha inclusive cópia da declaração de imposto de renda de Gabas.
A razão para a vingança pode ser explicada pela próxima relação de Vieira com o presidente do INSS, Mauro Hauschild, demitido por Gabas dois meses antes da deflagração da Operação Porto Seguro.
O inquérito da PF detalha como era próxima a relação entre os dois: como diretor da ANA, Paulo Vieira ordenou a um auxiliar, em novembro de 2011, o pagamento de despesas de Hauschild, no valor de R$ 5.800, junto a uma incorporadora de imóveis. Meses antes, já havia prestado outro favor ao amigo, ao levar para sua diretoria na ANA a mulher de Hauschild.
Confira abaixo parte dos documentos apreendidos no computador de Paulo Vieira e disponibilizados pela PF ao secretário-adjunto da Previdência, Carlos Gabas: