A ex-senadora Marina Silva (Rede) tem encontro marcado no Recife, para o próximo dia 7; Ela aproveitará um evento da Igreja Anglicana para conversar com o governador e pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), sobre as articulações estaduais; Cotada para ser a vice do socialista, Marina possui restrições a uma série de alianças que interessam o PSB, como em Minas Gerais e São Paulo, onde a legenda tende a se associar ao PSDB; Além disso, a Rede retomou o processo para validar a sua criação como partido político, indicando que mais à frente poderá deixar de lado o projeto conjunto com o PSB para tentar alçar voo próprio
27 de Janeiro de 2014 às 15:10
Pernambuco 247 – A ex-senadora Marina Silva (Rede) tem encontro marcado no Recife, para o próximo dia 7. Ela aproveitará um evento da Igreja Anglicana para conversar com o governador e pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), sobre as articulações e alianças em andamento visando as próximas eleições. Cotada para ser a vice na chapa do socialista, Marina e integrantes da Rede, possuem restrições a uma série de alianças que interessam o PSB, sobretudo em estados como Minas Gerais e São Paulo, onde a legenda socialista tende a se associar ao PSDB. Além disso, a Rede retomou o processo para validar a sua criação como partido político junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que indica que mais à frente poderá vir a deixar de lado o projeto conjunto com o PSB para tentar alçar voo próprio.
De acordo com o jornal Estado de São Paulo, a meta do Rede para as próximas eleições é marcar presença fazendo “uma bancada ideológica pelo PSB” e, em seguida, solicitar o registro oficial enquanto partido. Além disso, a Rede enfrenta uma série de dificuldades em aceitar algumas alianças já acertadas por Campos. Os marinheiros também não estariam confortáveis com o pouco peso que possuem junto aos neoaliados do PSB. Embora o partido de Eduardo Campos tenha abrigado a maior parte dos integrantes da Rede, muitos acabaram entrando em legendas como o PPS, PROS e PDT, ampliando o leque de dificuldades na formação de alianças estaduais.
Com poucos recursos financeiros e com basicamente apenas Marina fazendo a interlocução junto ao PSB, a Rede enfrenta, ainda, problemas para se estruturar em vários estados, a despeito da simpatia que seus militantes tenham pelas ideias da ex-senadora. Em São Paulo, por exemplo, o partido ainda não sabe como irá pagar o aluguel da sala que serve de base para a legenda. A situação é considerada a mesma no Rio de Janeiro e no Amazonas, entre outros estados. O estado da Bahia é onde a junção PSB/Rede teria rendido mais frutos até o momento. Ali, Eliana Calmon encabeçará a chapa pelo Governo do Estado, tendo Lídice da Mata, do PSB, como candidata à vice.
Além de tentar acertar os ponteiros junto ao PSB, a vinda de Marina ao Recife deverá render um outro ponto prático no diálogo entre as duas legendas. A expectativa é que até lá, a Rede já tenha definido os nomes dos integrantes da comissão que será responsável por discutir as alianças políticas de forma conjunta com o PSB.
Pelo sim, pelo não, o PSB já teria encomendado uma nova série de pesquisas internas visando checar a situação de Eduardo Campos na corrida presidencial. Segundo as últimas pesquisas divulgadas, o governador chega a 22% das intenções de voto, passando para o segundo lugar, à frente do senador mineiro Aécio Neves (PSDB), quando Marina é posicionada como sua vice. Seja como for, mesmo com problemas a administrar, Campos sabe que o apoio dela e dos integrantes da Rede é fundamental para pavimentar o seu caminho rumo às eleições presidenciais de outubro.
Confira aqui a matéria publicada pelo Estadão sobre as dificuldades da Rede Sustentabilidade.