A senadora Ana Amélia (PP-RS) apresentou um "pedido de socorro" aos produtores de calçados do Rio Grande do Sul, que vêm sofrendo grandes prejuízos pelo bloqueio ao ingresso na Argentina de 750 mil pares de calçados fabricados em seu estado; a parlamentar pediu o apoio do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, aos industriais gaúchos
26 de Novembro de 2013 às 18:50
Agência Senado – A senadora Ana Amélia (PP-RS) apresentou nesta terça-feira (26), em Plenário, um "pedido de socorro" aos produtores de calçados do Rio Grande do Sul, que vêm sofrendo grandes prejuízos pelo bloqueio ao ingresso na Argentina de 750 mil pares de calçados fabricados em seu estado. Ela pediu o apoio do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, aos industriais gaúchos.
– Há 750 mil pares de calçados que não conseguem vencer a barreira da fronteira para entrar na Argentina. São sapatos que foram comprados pelos lojistas da Argentina, mas não conseguem atravessar a fronteira pela política de restrição que o governo argentino, da presidente Cristina Kirchner, está impondo nessa relação. Só uma atitude do governo federal pode romper essa barreira – alertou Ana Amélia.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), a retenção dos calçados na fronteira já causou prejuízos de US$ 13 milhões aos produtores brasileiros. Alguns calçados estão parados na fronteira desde julho, quando o prazo máximo para a liberação de mercadorias, estipulado pela Organização Mundial de Comércio (OMC), é de 60 dias.
A retenção dos calçados na fronteira é causada por uma atitude protecionista do governo da Argentina, que exige Declarações Juramentadas Antecipadas de Importação (DJAIs) para a liberação dos produtos, segundo a Abicalçados. O presidente executivo da associação, Heitor Klein, alerta na página mantida na internet pela associação que o setor calçadista está perdendo empregos. "A Argentina ainda é o nosso segundo principal mercado e não podemos assistir à deterioração deste importante mercado", afirma Klein em entrevista ao site da Abicalçados.