O clima entre os até agora aliados PSB e PT está cada vez mais tenso; apesar das duas legendas ainda serem tecnicamente aliadas, a possibilidade de um rompimento e do fim da aliança histórica entre os partidos é cada vez maior em função das pretensões presidenciais do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e da movimentação petista para enfraquecer o projeto nacional dos socialistas; sobre a fragilidade da aliança, o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, foi taxativo:“Sempre demos mais apoio ao PT do que ele a nós. Aliança exige reciprocidade e respeito, algo que o PT não tem”, disse
3 de Outubro de 2013 às 16:07
Paulo Emílio_PE247 – O clima entre os até agora aliados PSB e PT está cada vez mais tenso. Apesar das duas legendas ainda serem tecnicamente aliadas, a possibilidade de um rompimento é considerada cada vez maior. Enquanto os petistas tentam isolar as pretensões presidenciais do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, orientando os diretórios estaduais a não se aliarem aos candidatos socialistas ou aos candidatos que eles venham a apoiar, o PSB diz não precisar do PT para lançar candidatos próprio na maioria dos estados e que o seu projeto nacional será mantido independente da vontade petista. Sobre a fragilidade da aliança, o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira foi taxativo ao afirmar que “sempre demos mais apoio ao PT do que ele a nós. A reciprocidade sempre foi pequena. Aliança exige reciprocidade e respeito, algo que o PT não tem”, disse.
A declaração de Siqueira vem na esteira de uma nota publicada pela colunista da Folha de São Paulo, Vera Magalhães, onde ela coloca que a estratégia do PT para barrar as pretensões nacionais do PSB envolve isolar e enfraquecer os palanques estaduais ligados aos socialistas, o que, pelo menos em tese, enfraqueceria uma possível candidatura presidencial de Campos e reduziria as chances da legenda em engordar a sua bancada no Congresso Nacional. O PSB possui atualmente cerca de 25 deputados federais e quatro senadores e a expectativa da Executiva nacional é que este número seja elevado para algo próximo de 50 deputados federais e sete senadores ao término das eleições 2014.
“A candidatura presidencial do PSB vai sai independente de quem quer que seja, inclusive do PT. A coligação nacional facilita os palanques regionais mas não é determinante. Temos condições de ter candidatos próprios em vários estados sem o apoio do PT. A bem da verdade, sempre demos mais apoio ao PT do que ele a nós. Nas eleições municipais estivemos juntos com o PT em mais cidades do que o próprio PMDB”, disparou Siqueira.
Como exemplo do apoio do PSB ao PT, o secretário-geral lembra que os socialistas foram os primeiros a apoiar a candidatura do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo no último pleito municipal. “Também fizemos isso em Osasco, São Bernardo do Campo e muitos outros lugares. Quando pedimos apoio ao nosso candidato em Campinas, o PT não apoiou”, disse. “Uma aliança exige reciprocidade e respeito, algo que o PT não tem”, complementou.