De acordo com as investigações da Polícia Civil do RS, a fraude ocorreu em empresas e órgãos públicos de 14 municípios gaúchos; as empresas apresentavam propostas falsas para que um delas vencesse a licitação e, posteriormente, o lucro era dividido entre as mesmas
17 de Setembro de 2013 às 17:27
RS247 – As supostas fraudes em processos licitatórios para o tratamento de água no Rio Grande do Sul podem ter causado um prejuízo de R$ 5 milhões aos cofres públicos. A informação foi divulgada pela Polícia Civil, na tarde desta terça-feira (17), após deflagrar a Operação Água Limpa.
As investigações apontam que a fraude ocorreu em empresas e órgãos públicos de 14 municípios gaúchos. As empresas apresentavam propostas falsas para que um delas vencesse a licitação e, posteriormente, o lucro era dividido entre as empresas.
Ao menos, dois empresários foram presos. Segundo o jornal Correio do Povo, o valor do prejuízo pode ser mais elevado. "Eu diria que, de várias empresas até agora verificadas, é em torno de R$ 5 milhões. Mas são dos últimos 60 meses", afirmou o titular da Delegacia de Bento Gonçalves, na Serra gaúcha, delegado Álvaro Luiz Pacheco Becker.
Até o momento, não há confirmação sobre possível contaminação da água, mas os peritos coletaram mostras de água pra fazer análise. "Espero que não, eu espero sinceramente que não tenhamos que dizer que essa água foi contaminada", declarou Becker.
O presidente da Companhia de Saneamento do Rio Grande do Sul (Corsan), Tarcisio Zimmermann, disse que pode ter havido desvio de recursos em processos licitatórios. "Nós temos, de fato, inúmeros contratos. Temos um processo licitatório permanente, são dezenas de licitações todo o mês, então é possível que eventualmente ocorra algum desvio", afirmou. "Mas se isso tiver a ver com a Corsan, nós teremos todo o empenho em esclarecer", acrescentou.
A Companhia abastece, atualmente, mais de sete milhões de pessoas no estado espalhadas em mais de 321 localidades gaúchas.