Protesto na capital paulista já reúne cerca de três mil pessoas; manifestantes criticam esquema denunciado pela Siemens de cartel e favorecimento a políticos do PSDB em licitações do Metrô e CPTM no Estado e pedem melhoria no transporte público; "Por 20 centavos, derrubamos a tarifa. Por 425 milhões, nós derrubaremos o Alckmin", diz uma faixa; manifestante alega que o dinheiro que era para ser investido no setor está sendo usado no interesse de grupos privados; ato é organizado pelo Sindicato dos Metroviários e tem o apoio do Movimento Passe Livre
14 de Agosto de 2013 às 19:00
247 – Cerca de três mil pessoas, segundo a Polícia Militar, fazem neste momento uma manifestação em São Paulo em defesa do transporte público e contra o desvio de recursos destinados a obras no metrô paulistano e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Participam do ato representantes do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e dos movimentos dos Trabalhadores Sem Teto e Passe Livre, entre outros.
A concentração para a manifestação Chega de Sufoco: Trabalhadores e Usuários por um Outro Transporte! foi no Vale do Anhangabaú, por volta de 15 horas. Na caminhada, os manifestantes passaram pela sede da Secretaria de Transportes Metropolitanos, na Rua Boa Vista, e pelo Tribunal de Contas do Estado, na Avenida Rangel Pestana. Uma das faixas, colocada embaixo do Viaduto do Chá, traz o desenho de um ônibus e a frase ‘Transporte não é mercadoria: Chega de sufoco".
Para Marcelo Hotimsky, do Movimento Passe Livre, a manifestação de hoje (14) é semelhante às que foram feitas em junho. “O motivo hoje é muito parecido: seja a denúncia de cartel [no setor de transportes], seja o aumento de tarifa. Todos eles [motivos] demonstram a mesma lógica: que o transporte coletivo em São Paulo é pensado de acordo com interesses de certos grupos e empresas e não de acordo com os interesses dos usuários e dos trabalhadores do transportes”, criticou Hotimsky.
Ele disse que a denúncia de formação de cartel demonstra que o dinheiro, que deveria ser investido em transporte público, na melhoria dos serviços e na redução das tarifas, está sendo usado no interesse de alguns grupos privados.
O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior, informou que tem uma carta de reivindicações para entregar ao secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. “É possível vencer essa máfia, que é muito poderosa e que financia os políticos”, disse ele. Prazeres adiantou que a principal reivindicação é a devolução do dinheiro público que, segundo ele, foi roubado. "Já se fala em R$ 425 milhões. Queremos a devolução e a prisão de todos os que estão envolvidos neste esquema de corrupção.”
Com Agência Brasil