Segundo líder do partido na Câmara, Manuela D’Ávila, é petulância achar que eleitor não saberá opinar; Deputada federal reconhece que "não será uma surpresa" se o Congresso acabar rejeitando a consulta popular: "É um jogo de posições"
4 de Julho de 2013 às 06:02
247 – Enquanto o PMDB, maior partido da base governista, levanta dúvidas sobre a ideia de Dilma Rousseff de propor um plebiscito para a reforma política, o PCdoB declara apoio. A deputada federal Manuela D’Ávila (PC do B-RS), líder do partido na Câmara, disse considerar uma "petulância" o argumento contrário de que os eleitores não saberiam opinar a respeito de temas complexos.
"Alguns têm a coragem de dizer publicamente. Achei que só teriam coragem de dizer nos corredores em baixo tom de voz: que o povo não tem condições de se manifestar sobre temas complexos como a política. Eu fico surpreendida com a petulância de algumas pessoas", declarou em entrevista à Folha.
O PCdoB, que possui 13 deputados e 2 senadores, afirma que votará a favor do plebiscito, mas indica que é contra o fim das coligações para eleições proporcionais (deputados e vereadores), uma das perguntas sugeridas pelo Planalto.
Manuela reconhece que "não será uma surpresa" se o Congresso acabar rejeitando a consulta popular sobre a reforma política. "É um jogo de posições. Nós estamos no meio do processo de tabular as posições de todos os partidos", afirma.