BRASÍLIA, 27 Jun (Reuters) – As regras de uma eventual reforma política poderão valer já para as eleições de 2014, mesmo que a nova lei seja aprovada com menos de um ano antes do pleito eleitoral, se assim se manifestar a população durante o plebiscito, afirmou nesta quinta-feira o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros. (PMDB-AL).
Os detalhes –como data e formato– desse plebiscito ainda estão em discussão entre governo, lideranças do Congresso e partidos políticos, mas na opinião de Renan a consulta popular "certamente" incluirá questionamento à população sobre o início da vigência da nova lei.
"Certamente vai ser incluída ou então respondida antes", disse ele a jornalistas.
"Mas se a população, consultada pelo plebiscito, entende que não deva observar o prazo de um ano para estabelecer a regra eleitoral, isso será feito pelo Congresso", afirmou.
Na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff anunciou na segunda-feira, como resposta às manifestações que tomaram as ruas do país nas últimas semanas, sua intenção de "propor o debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política".
Na terça-feira, o governo abandonou a ideia de uma constituinte, mas manteve a sugestão de realização de um plebiscito sobre a reforma política.
Líderes da base no Senado, que estiveram reunidos com Dilma na tarde desta quinta, afirmaram que há consenso, entre aliados, pela realização do plebiscito.
Já a oposição divulgou nota defendendo que a consulta popular seja feita por meio de referendo.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
