Operação Babilônia: Nove meses depois, Polícia questiona demora no processo sobre desvio de verba
A Operação Babilônia foi realizada em setembro do ano passado pela Delegacia Fazendária do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) para coibir desvio de verbas públicas, principalmente ligadas ao Bolsa Família. A ação com 250 policiais foi em oito cidades do Noroeste do Rio Grande do Sul. Na época, 13 suspeitos foram presos, entre eles, secretários municipais de Bom Progresso, empresários locais e de outras regiões pela suspeita de desviar cerca de R$ 7 milhões. No entanto, nove meses depois, a Polícia questiona a demora no prosseguimento do processo.
Prazos
De acordo com o delegado Joeberth Nunes, do DEIC, a ação ocorreu de acordo com os mandados judiciais e o indiciamento foi dentro do prazo estipulado quando se tem suspeito preso, que é de dez dias. Depois disso, foi encaminhado para o Ministério Público (MP), que, nestes casos, tem cinco dias para oferecer ou não denúncia.
Mais investigação
A Assessoria de Imprensa do MP destacou que havia uma situação delicada que necessitava de mais averiguações e por isso não foi oferecida a denúncia. Uma promotora da região mantinha relações de amizade com um dos presos na Operação e foi exonerada pelo fato de não ter investigado ou repassado informações sobre este desvio de verbas públicas. Devido a isso, o delegado Joeberth Nunes lamenta que a Justiça acabou soltando os suspeitos.
Mais questionamentos
Em função destas novas investigações, o MP encaminhou os pedidos à Delegacia de Três Passos, que na época da Operação Babilônia, setembro de 2012, auxiliou o DEIC nos cumprimentos de mandados judiciais. Mas a delegada Caroline Machado diz que até agora não recebeu pedido para novas investigações. A Assessoria do MP destaca que o processo retornou da Justiça para a Promotoria somente no início deste mês pelo fato da mesma ter solicitado comprovante da exoneração da promotora que estaria envolvida com um dos suspeitos.
Fonte: Radio Gaúcha