Cotado como pré-candidato à Presidência da República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), se mostrou indignado e classificou como “truculenta” a pressão de outros partidos, em especial a exercida pelo PT da presidente Dilma Rousseff, para que a legenda socialista decida o mais rápido possível sobre a possível candidatura do gestor ao Palácio do Planalto; o gestor pernambucano afirmou que os pessebistas não permitirão a interferência de outras siglas no processo de decisão do PSB para 2014
5 de Junho de 2013 às 10:43
PE247 – Cotado como pré-candidato à Presidência da República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), se mostrou indignado e classificou como “truculenta” a pressão de outros partidos, em especial a exercida pelo PT da presidente Dilma Rousseff, para que a legenda socialista decida o mais rápido possível sobre a possível candidatura do gestor ao Palácio do Planalto. Acompanhado do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), defensor da reeleição de Dilma, o gestor pernambucano afirmou que os pessebistas não permitirão a interferência de outras siglas no processo de decisão do PSB para 2014.
Durante agenda em Pesqueira, no Agreste do Estado, onde esteve para a assinatura da ordem de serviço referente à primeira etapa da Adutora do Agreste, Campos reivindicou o direito de o PSB decidir sobre os seus próprios rumos na política partidária. “Por que o PSB não tem o direito (de discutir candidatura própria)? Por que temos que definir amanhã? Por que essa truculência? Isso é um direito democrático. Podemos fazer esse debate, e no momento em que o PSB entender ser correto, vamos consultar os fóruns partidários e discutir”, declarou o gestor, segundo informações do Jornal do Commercio.
Depois de questionado sobre as declarações de Fernando Bezerra Coelho, segundo as quais “é possível fazer mais, melhor e bem feito”, além de ter defendido novamente a aliança PT-PSB para a eleição presidencial 2014, o governador se mostrou tranquilo e disse que, independentemente, do rumo a ser tomado pela sigla pessebista, a mesma estará unida.
“Unidade não quer dizer que todo mundo está de acordo sobre tudo. Existe no PSB quem defenda candidatura própria, quem defenda ficar com Dilma e outras coisas também. Quando tirarmos uma posição todos vão ficar juntos, os que ganharem e os que perderem”, declarou o governador, que também é presidente nacional do PSB.
Recentemente, alguns governadores do PSB, como Camilo Capibaribe (Amapá), Renato Casagrande (Espírito Santo) e Wilson Martins (Piauí) defenderam uma candidatura própria por parte da legenda socialista apenas em 2018. Isso levou, inclusive, o principal articulador do partido no Congresso Nacional, deputado Beto Albuquerque (RS), a dizer que alguns integrantes do PSB que ocupam cargos executivos estariam sofrendo pressão de siglas aliadas do governo para se manifestarem contra a postulação de Campos em troca de apoio em projetos de financiamento.
De todo modo, Campos minimizou as dissidências dentro do PSB. “Conheço o partido. Estou nele há mais de 20 anos. Sei como ele funciona e como vai ser tranquilo esse processo. Falo com essas pessoas diariamente”, afirmou. “Isso faz com que alguns integrantes queiram interferir na vida de outros partidos. Não funcionamos assim. Aliás, rejeitamos essa cultura”, acrescentou.