Sem assumir que saiu em defesa de Marco Feliciano (PSC-SP), ex-ministra garante que houve mal entendido com o que disse ao Diário de Pernambuco; desta vez, ela admitiu que o parlamentar, que tem opiniões racistas e homofóbicas, tem "posições equivocadas"; de passagem por Recife nessa semana, Marina Silva havia dito que o deputado era criticado por ser evangélico, e não por suas declarações
17 de Maio de 2013 às 12:36
247 – Sem assumir que defendeu o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na última terça-feira, durante passagem por Recife, a ex-ministra Marina Silva diz agora ter sido vítima de uma "manchete encomendada" pelo jornal Diário de Pernambuco, que publicou a reportagem (leia mais). Segundo ela, que esteve no lançamento de um livro em São Paulo nesta quinta-feira, houve um mal entendido com o que ela declarou à publicação.
Segundo o jornal pernambucano, Marina afirmou que Feliciano estava sendo mais hostilizado por ser evangélico do que por suas "declarações equivocadas". O parlamentar se tornou alvo de críticas, por suas posições homofóbicas e racistas, quando assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Segundo Marina, "o que se verifica é a substituição de um preconceito por outro".
Quanto ao, segundo ela, mal entendido com a imprensa, declarou, de acordo com reportagem do Valor Econômico: "Estou acostumada com isso desde a primeira eleição do [ex-presidente] Lula. Onde chegava [a imprensa] perguntava: é verdade que o Lula vai liberar a maconha e o aborto?". A ex-senadora disse ainda que agora tem o hábito de gravar as entrevistas que concede à imprensa.
Desta vez, porém, ela fez críticas a Feliciano, ao contrário do que ocorreu em Recife – ao menos de acordo com o Diário de Pernambuco. "Ele tem posições equivocadas não só para os pontos do comportamento, há também um despreparo para lidar com a agenda dos desaparecidos políticos, com a agenda indígena", disse.