Governador pernambucano, Eduardo Campos, nega ter sido consultado pelo ex-presidente para entrar na chapa do PT para a disputa de 2014 e diz que não é hora para montar palanque e sim para gerar empregos; sigla disfarça pré-campanha individual, mas percorrerá Brasil a partir de abril com o lema “Diálogos do Desenvolvimento”
7 de Fevereiro de 2013 às 05:09
247 – O PSB desautorizou o ex-presidente Lula a usar o nome de Eduardo Campos no projeto de reeleição de Dilma Rousseff em 2014. Interlocutores do governador pernambucano deixaram claro que quem cuida da estratégia política do partido é o próprio PSB. Eduardo Campos nunca esteve com a popularidade tão em alta, sendo disputado por Aécio Neves (PSBD) e até por Marina Silva. Como articulador do PT, Lula tem atirado para todos os lados para impedir uma eventual candidatura própria de Campos e quer lançá-lo como vice Dilma, dando uma rasteira no Michel Temer e no PMDB.
O governador chegou a Brasília às 3h30m da madrugada desta quinta-feira para se reunir com colegas da Executiva. Nas conversas políticas, Eduardo Campos mostrou estranheza com as articulações de Lula sem que o ex-presidente tenha falado com ele.
« Não discuti 2014 com ninguém. Tudo que o Brasil não precisa agora é ficar montando palanque e chapa. Podemos ter em 2014 um ano melhor que 2013, mas primeiro precisamos ganhar 2013. O que precisamos montar agora é canteiro de obras, gerar empregos », disse Eduardo Campos ao Globo.
O PSB nunca escondeu suas intenções de entrar na briga pela presidência em 2014. Tanto que o governador percorrerá estados brasileiros a partir de abril, encontros com diversos setores da sociedade já foram batizados de “Diálogos do Desenvolvimento”.
E a quantas anda o PSB? Mais feliz impossível
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) venceram a disputa pelo comando tanto do Senado como da Câmara dos Deputados, mas o maior vencedor da eleição para o comando das duas casas legislativas foi o PSB em função da cisão interna do PMDB e do número de votos obtidos pleo socialista Júlio Delgado; capitalizado, o PSB agora já se considera um partido grande e espera um novo tratamento por parte do Governo
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Paulo Emílio_PE247 – O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) venceram a disputa pelo comando tanto do Senado como da Câmara dos Deputados, mas o maior vencedor da eleição para o comando das duas casas legislativas foi o PSB. A avaliação é que se o PMDB conquistou a Presidência do Senado de forma tranquila, o mesmo não aconteceu na Câmara. A divisão dentro da própria legenda e o volume de votos obtidos pelo socialista Júlio Delgado elevaram o prestígio e a força política do PSB e, consequentemente, o capital político do governador de Pernambuco e presidente da sigla socialista, Eduardo Campos.
“Agora, mais que nunca, o PSB passará a ser procurado pelo Governo. Tanto para resolver questões relativas ao Congresso ou mesmo por razões políticas. O PSB capitalizou a disputa no Congresso melhor que o PMDB, que assumiu os cargos disputados enfrentando uma série de acusações. Este ônus político quem tem são eles e não o PSB”, analisa um socialista de alto coturno que prefere não se identificar.
De acordo com ele, a expectativa agora gira em torno dos próximos 90 dias. “É o tempo das coisas se acalmarem. Depois da overdose de PMDB no Congresso, o Governo, a presidente Dilma (Rousseff-PT), vai buscar uma maior aproximação conosco, pois agora não dá mais para negar que deixamos de ser um partido coadjuvante”, disse o interlocutor. Neste processo, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, passa a ter um papel de destaque ainda maior no cenário nacional.
Os socialistas observam que com a alta popularidade da presidente Dilma junto à população, ela não estaria disposta a ter “no colo” a responsabilidade de ter no comando do Congresso dois parlamentares do principal partido de sustentação do Governo que respondem a uma série de acusações. “Eduardo já tem um canal direto com a presidente e isto vai permitir uma aproximação ainda maior. O bom disto tudo é que na briga do Congresso quem se juntou ao PMDB foi o PT, bem mais que a própria Dilma. Ela acompanhou o partido, mas este ônus é principalmente do PT”, afirmou o socialista ao PE247.
Com a força demonstrada por Eduardo e seu partido na disputa pela Câmara, além de esperar um novo tratamento por parte do Governo, os socialistas ganharam mais fôlego para discutir as eleições presidenciais de 2014. “O próprio Lula já tem colocado a possibilidade da vice na chapa da reeleição de Dilma ser oferecida ao PSB. O que temos a fazer agora é esperar os próximos 90 dias para ver como tudo se comporta. Temos nossos próprios projetos enquanto partido e vamos seguir analisando cada cenário que se apresente, mas é inegável que nesta disputa quem mais ganhou fomos nós”, observa a fonte.