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Terceirização emprega milhões, mas não garante direitos

Terceirização emprega milhões, mas não garante direitos

 
 

 

Trabalho terceirizado emprega, principalmente, pessoas de baixa escolaridade, migrantes ou filhos de migrantes. Entre os setores que mais terceirizam estão o da saúde, construção civil e bancária.

 Mais de 8 milhões de pessoas trabalham como terceirizadas e existem cerca de 31 mil empresas que prestam essa modalidade de serviço no país, segundo o Ministério Público do Trabalho. Pesquisas apontam que a terceirização é responsável pelo aumento do número de acidentes de trabalho e por dificuldades para os contratados garantirem seus direitos.

O trabalho terceirizado emprega, principalmente, pessoas de baixa escolaridade, migrantes ou filhos de migrantes; além de afetar mais as mulheres. Entre os setores que mais terceirizam estão o da saúde, construção civil e bancário.

Para o procurador-geral do Trabalho Luís Antônio Camargo de Melo, a terceirização faz com que o trabalhador não tenha a quem recorrer. A declaração foi dada para a ONG Repórter Brasil no último mês de dezembro.

“O trabalhador terceirizado é empregado de uma empresa. Porém, por ser empregado de uma empresa e essa empresa não ser aquela na qual ele vai desempenhar suas atividades, isso vai gerar uma série de problemas e complicações. Esse trabalhador passa a ter, por exemplo, uma dificuldade muito grande na identificação da sua entidade sindical.”

Melo cita o caso dos bancários, que quando alcançam melhores salários e outros benefícios, essas conquistam não são estendidas aos terceirizados dos bancos, pois eles não são enquadrados na mesma categoria.

Outro alerta que o procurador faz é referente ao Projeto de Lei 4.330/04, conhecido como PL da terceirização. Para ele, o objetivo de projetos como esse é retirar direitos e conquistas dos trabalhadores para beneficiar o empresariado.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) é contra o PL, pois avalia que a terceirização gera a precarização do trabalho.

De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes