Sob o título “O Dilema do Vencedor”, a revista Veja desta semana traz uma matéria sobre os rumos que o PSB, partido comandado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, poderá tomar a partir do término do segundo turno; Voo solo? Aliança com o PSDB? Apoio a reeleição de Dilma Rousseff em 2014? Seja como for, o Palácio do Planalto está de olhos na movimentação socialista e espera uma definição para saber se as legendas permanecem aliadas ou não
15 de Outubro de 2012 às 09:47
PE247 – Sob o título “O Dilema do Vencedor”, a revista Veja desta semana traz uma matéria sobre os rumos que o PSB, partido comandado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, poderá tomar a partir do término do segundo turno. Entre as opções estão alçar voo solo em direção ao Palácio do Planalto ou apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Com a luz amarela acesa no gabinete de Dilma, a presidente já estaria agendando uma reunião com Campos para logo depois do segundo turno das eleições municipais onde, segundo a revista, o recado será claro. Caso o PSB não apoie a reeleição, perderá o Ministério da Integração Nacional e a Secretaria Especial de Portos, pastas que detém sob a sua tutela.
Para Dilma e o PT é de extrema importância que o PSB permaneça na base aliada, não apenas pelo apoio no Congresso, e sim pelo fato dos socialistas terem uma grande penetração no Nordeste, “região tradicionalmente dominada pelo PT em eleições presidenciais”. Por outro lado, Aécio Neves (PSDB) tem se posicionado como candidato da oposição em Minas Gerais, uma região que também é considerada estratégica para o Partido dos Trabalhadores.
Com a possibilidade de Marina Silva, que teve quase 20 milhões de votos na última eleição presidencial e está formando um novo partido , também se lançar candidata em 2014, o risco de uma disputa para o Palácio do Planalto ir para o segundo turno é bastante alto. E este é um risco que o PT não gostaria de correr. Neste cenário, uma aliança entre o PSB de Eduardo Campos e o PSDB de Aécio Neves ganha força, elevando o temor do PT de que as últimas movimentações do cacique socialista resultem numa chapa com força o bastante para ameaçar os planos de reeleição de Dilma Rousseff.
Uma aliança entre as legendas – além dos dois políticos serem amigos de longa data, o PSDB vem cortejando Eduardo Campos e os socialistas já há algum tempo – uniria dois colégios eleitorais de extrema importância no xadrez político nacional, o Nordeste e Minas Gerais. Apesar de Eduardo já ter declarado que “2014, será discutido somente em 2014”, e já ter descartado, pelo menos por enquanto, uma aproximação maior com o PSDB, a possibilidade tem levado o PT a ficar atento às movimentações que acontecem a partir de Pernambuco.
O PSB tem tentado chegar á prefeitura da Campinas, muito embora apoie Fernando Haddad no segundo turno da disputa para a Prefeitura de São Paulo. Além disto, tem disputado outras cidades importantes como Belo Horizonte, por exemplo, onde o adversário é ligado ao partido dos Trabalhadores. Pra completar, uma reunião entre Aécio e Campos está prevista pra acontecer nos próximos dias. O motivo seria discutir as alianças para fechar o segundo turno. Com a temperatura subindo e prestes a entrar em ebulição, O PT quer saber para que lado vai pender o PSB antes que a situação fique insustentável ou que a aliança entre as legendas rompa de vez antes do esperado.