Policiais Rodoviários Federais decidiram entrar em greve a partir desta segunda-feira (20). De acordo com a Federação Nacional da Polícia Rodoviária Federal (FenaPRF), parte do efetivo iniciou a paralisação a partir da meia-noite. Em alguns Estados, porém, os policiais devem parar no decorrer da semana para cumprir a lei Lei 7.783/89, que regulamenta o direito de greve.
A categoria reivindica reajuste salarial (entre 2003 e 2012 a inflação foi de 75,3%, enquanto os policiais receberam apenas 5,55% de aumento), reconhecimento do nível superior para o cargo de PRF, pagamento de adicional noturno e insalubridade, reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho, como aumento do efetivo e carros em funcionamento pleno. Segundo a federação, a defasagem chega a 4.000 policiais no país.
Para cumprir a lei, os grevistas precisam notificar a Superintendência da PRF e publicar um informe sobre a greve na imprensa, além de aguardar 72 horas antes de iniciar a paralisação. Por isso, São Paulo e Rio Grande do Norte preveem que seus policiais parem apenas na próxima sexta-feira (24). O Distrito Federal deve aderir à greve na próxima quinta-feira (23). Os policiais do Maranhão e do Paraná devem se juntar ainda esta semana, mas os sindicatos não souberam precisar a data. Ainda conforme a lei, ao menos 30% do efetivo dos policiais deve ser mantido. A categoria está orientada a atender apenas acidentes em que haja danos físicos, com feridos e mortos, ou emergências.
Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Paraíba estão entre os Estados que começaram a greve nesta segunda-feira. A paralisação dos policiais do Rio Grande só Sul começou na última sexta-feira (17).
Em Maceió, policiais se reuniram em frente à sede da PRF para um protesto na manhã desta segunda (20). Há previsões de protestos também nas cidades de João Pessoa e Belo Horizonte e no estado do Mato Grosso do Sul. Em Porto Alegre, os policiais devem fazer uma manifestação na BR-116, próximo ao aeroporto, a partir das 17h da segunda-feira. Na próxima quinta (23) deve haver uma reunião entre os líderes do movimento em Brasília.
Com informações da Folha de São Paulo