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Assembleia fica parada nesta semana para não votar reajustes de servidores

Felipe Prestes/sul-21

A Assembleia Legislativa gaúcha não irá votar nenhum projeto nesta semana. Na manhã desta terça-feira (23) a reunião de líderes não ocorreu por falta de quórum. O motivo é que estão na pauta reajustes de 12%, parcelados em três vezes, para servidores do Judiciário e do Ministério Público, com os quais o Executivo não concorda. Os servidores de ambos os órgãos pressionaram o Legislativo na manhã de terça, mas não conseguiram fazer com que a votação ocorresse. Eles prometem agora paralisação na segunda e na terça da semana que vem (dias 29 e 30).

Após a mobilização, que não conseguiu viabilizar a votação dos reajustes, servidores foram recebidos por funcionários da Casa Civil. A promessa é de uma contraproposta até sexta-feira (26). O diretor de Comunicação do Sindicato dos Servidores da Justiça do RS (Sindjus), Luiz Mendes, diz que, a princípio, os servidores não devem recuar de sua proposta. Ele afirma que integrantes da Casa Civil e a líder do governo na Assembleia, Miriam Marroni, têm apontado uma informação inverídica, de que o Estado não conseguiria tomar empréstimo no BID caso o reajuste de 12% seja concedido, ao menos no caso do Judiciário. “O próprio projeto de lei enviado à Assembleia mostra que o Judiciário não precisará de suplementação de recursos para arcar com os custos”, diz.

O deputado Raul Carrion (PC do B) afirma que não participou da reunião de líderes porque tinha outro compromisso. Ele não admite que houvesse uma deliberação do governo para travar as votações do Legislativo nesta semana, mas reconhece que havia uma compreensão tácita da necessidade de protelar votação. Até porque, ressalta, muitos deputados foram a Brasília para a posse do gaúcho Mendes Ribeiro Filho como ministro da Agricultura nesta terça, e nesta quarta (24) já não estavam previstas votações, porque haverá sessão solene pelos 50 anos da Campanha da Legalidade. “Votações importantes exigem a presença de todos”, diz.