As mulheres seguem com expectativa de viver, em média, sete anos a mais do que os homens
Foto: Agência Brasil
A expectativa média de vida ao nascer no Rio Grande do Sul passou de 75,59 para 77,26 anos na comparação entre os períodos de 2010-2012 e 2017-2019 – um aumento de 1,67 ano. As mulheres seguem com expectativa de viver, em média, sete anos a mais do que os homens, porém, no último triênio, encontra-se o menor diferencial entre os sexos no período, de 7,28 anos, com estimativa de 80,88 anos para as mulheres e 73,60 para os homens. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (20), integram um estudo produzido pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, intitulado “A evolução das causas de mortalidade perante a dinâmica demográfica do RS de 2010 a 2019: novas estimativas para a expectativa de vida”.
De acordo com a pesquisa, feita com dados anteriores à pandemia de coronavírus, doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por um quarto dos óbitos no Estado (25,1%) em 2019, tendo apresentado tendência de queda no período analisado. Por outro lado, destaca-se o aumento da incidência de neoplasias, segunda causa de morte entre a população (22,3%). Em terceiro lugar, os óbitos por doenças respiratórias (12%) também apresentaram um aumento no período, porém, em menor magnitude. Em quarto lugar, estão os óbitos por causas externas (8,5%), sendo sua incidência mais de três vezes superior entre a população masculina, quando comparada com a feminina. Além das diferenças em relação a homens e mulheres, existem questões regionais que impactam e, neste caso, a assimetria de expectativa de vida para quem nasce em diferentes pontos do Estado agravou-se: o diferencial entre o menor e o maior valor de expectativa de vida dos Coredes passou de 3,96 anos em 2010-2012 para 5,55 em 2017-2019. Ou seja, quem nasce na região Norte do Estado pode contar com mais de cinco anos de expectativa de vida ao nascer em relação àqueles que residem na Sul, por exemplo.
Envelhecimento acelerado
Outro dado destacado pelo estudo é o crescente envelhecimento populacional: de 2010 a 2019, a população menor de 15 anos reduziu-se em quase 247 mil pessoas – ou seja, a participação em relação à população total passou de 21,38% para 18,34% nesse período. Por outro lado, a população de 60 anos ou mais teve seu contingente aumentado em aproximadamente 590 mil pessoas, com participação evoluindo de 13,56% em 2010 para 18,19% em 2019. A população com 65 anos ou mais ultrapassou 1 milhão em 2010, apresentando crescimento de 43% no período, chegando a totalizar 1,4 milhão em 2019. Conforme estimativas do IBGE, a idade média poderia alcançar 47,89 anos em 2060.
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