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Maia nega ter autorizado Polícia Legislativa a atuar fora da Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Marca Maia (PT-RS), negou nesta segunda-feira (10), por meio de nota, que tenha autorizado a Polícia Legislativa a atuar fora da Casa em inquérito que apura suposta chantagem ao deputado Policarpo (PT-DF). Pela manhã, o PPS protocolou requerimento na Corregedoria da Câmara pedindo que o órgão investigue o caso denunciado pela revista Veja desta semana.

Segundo a revista Veja, três pessoas – entre elas, o lavrador Francisco Manoel do Carmo Neto – foram intimadas a comparecer na Coordenação de Polícia Judiciária para prestar esclarecimentos sobre a suposta chantagem. De acordo com a revista, o deputado petista informou ter comunicado o caso a Marco Maia antes de fazer a ocorrência, dando a entender que o presidente tinha conhecimento sobre a intervenção da Polícia Legislativa.

Policarpo também divulgou nota nesta segunda, negando a informação e afirmando que a revista inverteu sua declaração. “Não falei com o presidente da Câmara Marco Maia antes de, no meu direito de parlamentar, registrar ocorrência na Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados em relação à chantagem que recebi em meu gabinete”, afirmou Policarpo. “O antijornalismo praticado pela Revista Veja é tão gritante que tudo o que disse foi deturpado e transformado de modo a atender o interesse maior da revista: tentar, a qualquer custo, manchar a imagem do Partido dos Trabalhadores”, completou o deputado.

Em nota, Marco Maia argumenta que nunca conversou com Policarpo sobre o episódio e que a Polícia Legislativa tem autonomia “para instaurar inquéritos com o objetivo de apurar infrações penais sem a autorização prévia do Presidente da Casa.” Ele diz ainda que qualquer detalhe da investigação sobre a ocorrência do deputado Policarpo compete exclusivamente ao diretor de Polícia Legislativa, que preside o inquérito.

Já líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), disse que é preciso que a Corregedoria apure as denúncias. “Usar a Polícia Legislativa em busca de um depoimento, uma intimação em nome da Casa é algo da maior gravidade. A Polícia Legislativa não foi feita para isso, é para cuidar do Parlamento e da integridade da Casa. Qualquer trabalho externo deverá ser feito de acordo com a lei.”

Com informações da Agência Brasil